Nem Argentina, como é tradição entre presidente recém-eleitos, nem Chile, como se cogitou após a eleição, em outubro. Jair Bolsonaro fará sua estréia internacional em Davos, nos Alpes suíços, onde participará do Fórum Econômico Mundial. O evento acontece entre 22 e 25 de janeiro e Bolsonaro já confirmou que discursará numa das sessões plenárias do evento, que reúne a nata do capitalismo mundial uma vez por ano para discutir questões relativas à economia e mercado e também funciona como vitrine para países emergentes.
Apesar das ponderações da equipe médica, o presidente definiu há pelo menos uma semana que enfrentaria as onze horas de vôo e as baixíssimas temperaturas da estação de esqui suíça, que nesta época do ano podem facilmente chegar a 20 graus negativos. Bolsonaro insiste que é a melhor oportunidade de se apresentar como novo presidente do Brasil à comunidade internacional e sinalizar que o comando da economia mudou. A viagem acontece poucos dias antes da cirurgia para retirada da bolsa de colostomia, prevista para 28 de janeiro.
Integrarão a comitiva a Davos os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, ambos encarregados das diretrizes do discurso, que vai focar na recuperação da credibilidade da economia brasileira. Bolsonaro deverá "vender" o Brasil como destino seguro para investimentos estrangeiros e assegurar que pilares econômicos, como estabilidade fiscal e respeito a contratos, são compromissos do novo governo.