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Desemprego acima de 22% entre jovens afeta rejeição a candidatos

Tema fora da agenda dos presidenciáveis, índice de desempregados entre jovens de 18 a 24 anos é o dobro da média nacional, de 11,1%

Christina Lemos|Do R7

IBGE: mais de 12 milhões de brasileiros de até 29 anos não estudam nem trabalham
IBGE: mais de 12 milhões de brasileiros de até 29 anos não estudam nem trabalham IBGE: mais de 12 milhões de brasileiros de até 29 anos não estudam nem trabalham

A falta de oportunidades de trabalho para ampla faixa de jovens trabalhadores – tema que permanece fora do debate pré-eleitoral a menos de dois meses da eleição – pode estar na origem da alta rejeição aos candidatos nessa faixa da população. Segundo levantamento do IBGE, há pelo menos o dobro de desempregados na população de 18 a 24 anos em comparação com a média dos brasileiros. Seriam 22,8% os jovens à procura de trabalho, ante 11,1% do índice nacional.

O tema é abordado de forma superficial pelos três principais postulantes ao Planalto, e ainda não houve menção a propostas ou plano de governo específico para mudar esse quadro.

Em discursos à militância e a apoiadores, o ex-presidente Lula, primeiro colocado nas pesquisas, abordou o assunto durante encontro com sindicatos, sem apresentar alternativas para enfrentar o problema. Para o petista, os jovens têm melhor formação hoje mas não alcançam a “estabilidade” conquistada pelos pais.

“Hoje, essa molecada que está aí estudou mais do que todos nós estudamos… Molecada formada, estudou quatro vezes mais do que nós. Mesmo tendo estudado mais, qual o futuro dessa molecada?”, problematizou, sem mencionar solução. A rejeição a Lula entre os jovens é estimada em 32%, segundo pesquisas recentes – uma das maiores para o candidato, considerados recortes socioeconômicos.

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No caso de Bolsonaro, o desemprego entre os jovens foi abordado recentemente. “Você tem que correr atrás. Eu não crio emprego. Quem cria emprego é a iniciativa privada. Eu não atrapalho o empreendedor”, declarou o chefe do Executivo, que tem nesse grupo populacional um de seus desafios na disputa pela reeleição. Levantamento recente mostra que mais de 60% dos jovens declaram que não votariam no atual presidente de jeito nenhum. Nas capitais, a rejeição a ele nessa faixa do eleitorado chega a 67%.

Terceiro nas pesquisas, o candidato do PDT, Ciro Gomes, menciona a educação como instrumento para reduzir o desemprego entre os jovens, mas não chega a formular um programa específico. “O Brasil precisa de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que compreenda a importância da educação e invista em todos os seus níveis”, declarou. Ciro Gomes aparece com 8% das intenções de voto e 22% de rejeição entre os jovens, de acordo com pesquisas recentes.

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