Robson Andrade, presidente da CNI
Reprodução Confederação Nacional de Indústrias)O candidato Jair Bolsonaro, que propõe reduzir a equipe de primeiro escalão dos atuais 29 ministérios para apenas 15, vem divulgando a intenção de extinguir e fundir pastas. Mas algumas das idéias de fusão vêm sendo rechaçadas até mesmo por apoiadores do candidato. A principal representante dos empresários do setor industrial, a CNI, assumiu hoje posição pública contra a fusão do ministério da Indústria e Comércio a um novo ministério da Economia, que reuniria Fazenda e Planejamento.
“A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas”, declara o presidente da Confederação, Robson Andrade. “Quem vai defender as políticas industriais?” - pergunta o dirigente.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se opõe à outra fusão alardeada pelo candidato do PSL: a de sua pasta com a de Meio-Ambiente. O ministro de Temer, que declara voto em Bolsonaro, disse neste domingo que a união dos dois ministérios é “inviável”. Para Maggi, esta idéia “é algo perigoso de fazer”. “Quando você fala em poços de petróleo em alto mar, você se pergunta: ‘é o Ibama que faz isso? É o CMBio? É preciso tomar muito cuidado”, afirmou.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.