O senador Renan Calheiros (à direita): alvo de novo embate judicial.
Adriano Machado/ REUTERS - 27.04.2021Em nova iniciativa junto ao Judiciário para barrar a atuação do emedebista Renan Calheiros (MDB/AL) como relator da CPI da Covid no Senado, os três senadores aliados ao Planalto na comissão, Eduardo Girão (Podemos/CE), Marcos Rogério (DEM/RO) e Jorginho Mello (PL/SC), protocolaram na noite desta terça junto ao STF um mandado de segurança para que o alagoano seja substituído na função. Calheiros foi indicado pelo presidente eleito da CPI, Omar Aziz (PSD/AM), após vencer a primeira queda de braço jurídica, com a derrubada de decisão juiz de primeira instância do DF que também buscava barrá-lo.
Desta vez, os senadores alegam junto ao STF que o relator tem “vínculo de sangue com potenciais investigados que possam fazer parte da CPI” e por isso não pode ocupar a função. O argumento já havia sido afastado pelo presidente da CPI, ao indicar Calheiros. Aziz também confia que o STF seguirá a jurisprudência de não interferir em ato interna-córporis do Legislativo. Renan Calheiros é pai do governador de Alagoas, Renan Filho, e declarou publicamente que pretende se declarar impedido para relatar eventual apuração que envolva seu filho. A atitude foi contestada pelo também governista Ciro Nogueira (PP/PI), que elegou nunca ter visto "meio-relator".
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