A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (ABRACE) - uma das mais antigas e influentes do setor elétrico nacional - divulgou uma nota nesta terça-feira (29), um dia após o pronunciamento do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, em que defende as medidas do governo para conter a crise hídrica que atinge o país e acena com otimismo para a superação do problema.
A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE) defende, com base em estudos e documentos técnicos, a importância da energia a preços competitivos para o desenvolvimento do setor produtivo no Brasil e reúne mais de 50 grupos empresariais responsáveis por quase 40% do consumo industrial de energia elétrica do Brasil e 42% do consumo industrial de gás natural. Com mais de 800 unidades de consumo mapeadas em 25 estados brasileiros, a ABRACE tem um consumo de energia elétrica maior do que o de países vizinhos da América Latina, como Chile, Colômbia ou Peru.
Em nota, a associação diz que "considera o movimento feito pelo governo um importante sinal para sairmos da pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos". Segundo a ABRACE, a "adoção de uma gestão centralizada, ágil e com articulação é fundamental para sair da crise, mesmo considerando que o Brasil tem hoje recursos energéticos adequados para lidar com a situação".
De acordo com a associação, os consumidores industriais acreditam ainda "que a maneira mais eficiente de lidar com a situação está na correção de distorções do sinal de preço, que contribuíram para o esvaziamento dos reservatórios e em sinais econômicos corretos para que todos os consumidores possam participar das soluções para resolver esse problema, que é da sociedade brasileira, ampliando os efeitos e minimizando os impactos para todos".
A nota defende ainda defende que sejam criadas "medidas excepcionais que preservem a água nos reservatórios no momento em que não temos as condições normais do nosso sistema hídrico, garantindo segurança jurídica aos que operam as usinas e seus reservatórios".
Veja a nota na íntegra
Em relação às medidas anunciadas pelo ministro Bento Albuquerque em cadeia nacional de televisão dispostas na medida provisória 1.055 publicada ontem (28.06), a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (ABRACE) considera o movimento feito pelo governo um importante sinal para sairmos da pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos. A adoção de uma gestão centralizada, ágil e com articulação é fundamental para sair da crise, mesmo considerando que o Brasil tem hoje recursos energéticos adequados para lidar com a situação.
Além dessas, são necessárias medidas excepcionais que preservem a água nos reservatórios no momento em que não temos as condições normais do nosso sistema hídrico, garantindo segurança jurídica aos que operam as usinas e seus reservatórios.
Os consumidores industriais de energia reunidos na abrace têm mantido um importante e saudável diálogo técnico com o governo e com as instituições do setor. Em torno do regulador – a Aneel – e com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As discussões também tem sido acompanhadas pelo União pela Energia, que congrega 45 organizações do setor produtivo.
A indústria confirma sua total disposição em contribuir para a melhor solução possível reafirmando que esses movimentos de apoio e disposição devem ser voluntários, considerando as particularidades de cada indústria. O processo pode e deve se dar de maneira eficiente, transparente, com fácil implementação e prezando pela competitividade. Só assim vamos conseguir minimizar os custos para todos os consumidores brasileiros.
Os consumidores industriais acreditam ainda que a maneira mais eficiente de lidar com a situação está na correção de distorções do sinal de preço, que contribuíram para o esvaziamento dos reservatórios e em sinais econômicos corretos para que todos os consumidores possam participar das soluções para resolver esse problema, que é da sociedade brasileira, ampliando os efeitos e minimizando os impactos para todos.
São movimentos como esse, com diálogo, transparência e agilidade que farão o setor elétrico brasileiro mais moderno, competitivo e pronto para vencer desafios como o que vivemos agora.