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Maia sobe o tom e sinaliza para fim de gestão tenso

Prestes a deixar a presidência da Câmara, democrata endurece discurso e desagrada moderados. Para alguns, polarização pode beneficiar o adversário Arthur Lira, do PP

Christina Lemos|Do R7

Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia.
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia. Michel Jesus/Câmara dos Deputados Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia. Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Admirado ao longo da gestão por ter liderado o papel de poder moderador do Legislativo, a escalada do tom agressivo de Rodrigo Maia vem desagradando setores moderados da Câmara. Nesta quinta, Maia voltou a reagir de forma dura à suposta interferência do Planalto na disputa pela presidência da Casa: “essa pata do governo dentro da Câmara dos Deputados vai ser muito ruim para a democracia”, declarou, durante entrevista no início da tarde. Para alguns potenciais aliados do democrata, a polarização pode favorecer seu adversário, o deputado Arthur Lira, do PP, apoiado pelo Planalto.

Maia também sinalizou que não fará concessões para agregar o apoio do Republicanos, de Marcos Pereira, presidente do partido e pré-candidato ao cargo. O deputado tenta se viabilizar como terceira via, escapando à polarização. “Minha preferência nunca será pessoal. É sempre a de quem consegue manter de pé um projeto para derrotar a pressão [do Planalto]" - afirmou Maia, indicando que, se se tratasse de escolha pessoal, daria prioridade a um nome de seu partido, o Democrata.

O presidente da Câmara transferiu a decisão da indicação ao conjunto de partidos que o apoiam. “Eu gostaria que Marcos Pereira estivesse neste bloco”, declarou, “mas não poderia garantir que ele seria o candidato”. Entre os críticos da postura do presidente da Câmara está Aroldo Martins. “Se Maia for buscar uma cópia dele mesmo, não vai achar”, afirma o deputado do Republicanos.

Para o deputado Marcelo Ramos (PL/AM), “a reação apequena Rodrigo Maia, após um desempenho exemplar na presidência da Câmara”. O parlamentar, considerado uma das revelações políticas desta legislatura, é candidato a cargo na mesa diretora, e é aliado de Lira. Ramos lembra que o próprio Maia foi eleito com o apoio do Executivo. “O Rodrigo é a prova de que é possível, mesmo assim, ter uma atuação independente”, declarou ao blog.

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