A mais atípica eleição das últimas duas décadas começa sob forte indefinição, até mesmo na composição de alianças para montagem de chapas. Sem a polarização PTxPSDB, que dominou as últimas 6 disputas presidenciais, e sem uma candidatura claramente hegemônica, as principais legendas pretendem aguardar até o limite do prazo da legal para realizar convenções e registrar a chapa. A exceção é o PDT, de Ciro Gomes, que anuncia convenção, em Brasília, para a sexta-feira, 20.
Quatro das mais importantes legendas marcaram suas convenções para o dia 4 de agosto, véspera do fim do prazo estabelecido pela Lei Eleitoral: o PSDB, de Geraldo Alckmin, o MDB, de Henrique Meirelles, a Rede, de Marina Silva e o PT, que mantém a promessa de lançar a candidatura de Lula. O ex-presidente cumpre pena em Curitiba desde 7 de abril.
A grande disputa se dá em torno do apoio das legendas médias, de centro, que seguem em compasso de espera, aguardando o desempenho dos pré-candidatos para fazer sua escolha. DEM, PR, PP, PRB, PSD, tendem a descarregar seu apoio e tempo de tv na aposta eleitoral mais viável. O PSB é também cortejado pelos concorrentes e aguarda a definição do quadro pré-eleitoral. O partido será o último a fazer sua convenção, em 5 de agosto. A legenda tem Beto Albuquerque como candidato ao Senado, e Márcio França, governador de São Paulo, cotado para vice de mais de um pré-candidato.