Aeroporto no Quênia é fechado após população invadir área restrita durante chegada de corpo de líder político

As operações no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta (JKIA) em Nairóbi, no Quênia, foram temporariamente suspensas após um incidente de segurança durante a chegada dos restos mortais do falecido ex-primeiro-ministro Raila Odinga, líder político carismático no país. Conhecido pelo apelido carinhoso de “Baba”, que significa pai, o veterano líder da oposição morreu na manhã de quarta-feira (15), aos 80 anos, na Índia, onde estava recebendo tratamento para uma doença não revelada.

Em um comunicado, a Autoridade de Aviação Civil do Quênia (KCAA) disse que a suspensão foi motivada pelo grande número de enlutados que conseguiram acesso às áreas restritas. A invasão forçou as autoridades a fechar temporariamente o aeroporto para restaurar a ordem e garantir a segurança. Vários voos precisaram ser desviados após a interdição.

“A KCAA informa ao público que as operações no Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta foram temporariamente suspensas devido a uma situação de segurança em curso após a chegada dos restos mortais do falecido Raila Odinga”, disse o Diretor Geral Emile Arao.

A autoridade de aviação pediu ao público e aos viajantes que mantenham a calma e evitem a área do aeroporto até novo aviso, dizendo que as operações normais seriam retomadas assim que o aeroporto fosse declarado seguro.

A autoridade observou que um Aviso aos Aviadores (NOTAM) foi emitido para alertar todas as partes interessadas da aviação sobre o fechamento temporário.

Os restos mortais do falecido Raila Odinga chegaram a Nairóbi hoje cedo, vindos da Índia.

Seu retorno atraiu grandes multidões de pessoas de luto tanto no aeroporto quanto por toda a cidade, enquanto o país africano inicia um período de luto.

Multidões de enlutados e participantes de boda boda ganharam acesso ao Pavilhão Estadual durante a chegada do corpo do falecido Raila Odinga.

O aumento inesperado interrompeu o programa de recepção oficial, forçando os agentes de segurança a perderem momentaneamente o controle da situação enquanto apoiadores emocionados rompiam as barreiras para dar uma olhada no carro funerário carregando os restos mortais de Raila.

Os esforços conjuntos do pessoal de segurança militar e da GSU para conter a multidão foram inúteis, pois centenas de pessoas passaram pelas barricadas, enquanto outros escalaram o muro do perímetro, gritando o nome de Raila e agitando galhos.

Apesar da perturbação, a atmosfera permaneceu em grande parte pacífica, com os enlutados cantando os populares slogans de Raila, “Jowie”, enquanto o caixão era recebido.

Mais tarde, as agências de segurança restauraram a ordem enquanto a procissão se preparava para partir para a funerária Lee, antes do velório público nos prédios do Parlamento.

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