A imagem assusta quem vê a foto. E apavora muitos dos que porventura estejam dentro do avião.
Mas não deveria. Porque esse tipo de incidente, embora raro, é exaustivamente treinado por pilotos pelo menos duas vezes ao ano.
Esta foto foi a mais visualizada e comentada nos sites especializados de aviação no fim de semana. Um Boeing 777-300ER da Japan Airlines (JAL) sofreu uma falha de motor após decolar do Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX), nos Estados Unidos, na última sexta-feira.
O AvHerald informou que a aeronave de 13 anos, sob o registro JA40J deveria cumprir a rota para Tóquio Haneda, no Japão. Mas logo que deixou a pista 25R o motor número 2, do lado direito da aeronave – um GE90 – emitiu rajadas de chamas, levando a tripulação a declarar emergência.
É bom que o leitor entenda que uma declaração de emergência não significa necessariamente que a aeronave corre risco iminente de acidente grave, mas que o avião precisa de atenção especial do controle de tráfego para executar ações como desvios da rota original ou um pouso que envolva um acompanhamento diferenciado.
Assim que o incidente foi notado, o 777 da JAL interrompeu a subida a 5.000 pés e solicitou autorização para despejar combustível próximo a ilha de Santa Catalina e retornar a Los Angeles. O procedimento é chamado tecnicamente de “alijamento de combustível” em português. Em inglês, “dump fuel”.
45 minutos após a decolagem, o Boeing 777 retornou em segurança, pousando na pista 25L. Esse tipo de falha no motor é conhecida como stall de compressor, um desbalanceamento de fluxo de ar dentro do motor, muitas vezes causada por ingestão de pássaros, falhas nas palhetas que direcionam o fluxo de ar, entre outras. As labaredas são comuns por conta da combustão do motor e não representa maior risco à segurança de voo.