FAA autoriza American Airlines a receber Boeing 787 Dreamliner
Entrega estava suspensa há 15 meses, até que a Boeing atendesse ao padrão de certificação imposta pelo órgão regulador americano
Luiz Fara Monteiro|Do R7

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) autorizou a primeira entrega da aeronave Boeing 787 Dreamliner após um hiato de 15 meses.
A American Airlines espera receber a primeira entrega de seu Boeing 787 Dreamliner, registrado como N880BJ, em 10 de agosto de 2022, confirmou a transportadora à AeroTime em comunicado. A notícia apareceu pela primeira vez em uma reportagem da Reuters.
“A Boeing fez as mudanças necessárias para garantir que o 787 Dreamliner atenda a todos os padrões de certificação”, disse um porta-voz da FAA à AeroTime em um comunicado por e-mail.
Apesar da primeira entrega ter sido liberada - explica o Aerotime Hub - a Boeing ainda aguarda a aprovação da FAA para reiniciar as entregas restantes do Dreamliner depois que foram interrompidas em 2021 por problemas de fabricação, explicou a FAA.
“Esperamos que as entregas sejam retomadas nos próximos dias”, acrescentou a FAA.
Um problema de produção com o Boeing 787 Dreamliner foi encontrado pela primeira vez em agosto de 2020, depois que parecia que a seção traseira da fuselagem de alguns 787s não seria capaz de suportar o estresse máximo, tornando-o mais propenso a falhas estruturais no ar.
Outro problema relacionado à cauda da aeronave foi encontrado em setembro de 2020. Partes do estabilizador horizontal foram presas com força maior do que foram projetadas.
Atualmente, a Boeing tem um total de 476 pedidos de Dreamliner não atendidos, de acordo com o fabricante.
Várias companhias aéreas, incluindo American Airlines, United Airlines, Lufthansa, Emirates, Qatar Airways, Etihad Airways, há muito aguardam o reinício das entregas do 787.
Devido a atrasos prolongados na entrega, a Boeing disse que espera custos totais únicos de aproximadamente US$ 2 bilhões devido ao 787, com a maioria prevista para o final de 2023. Incorreu em custos de US$ 283 milhões para o 787 no segundo trimestre de 2022.
