O voo BA-104 partiu de Dubai para Londres com 22 minutos de atraso no último domingo (2).
Mas este foi o menor dos transtornos enfrentados pelo Airbus A350-1000 da British Airways, uma aeronave com pouco mais de dois anos de uso.
De matrícula G-XWBC, a aeronave finalizava a aproximação para o pouso na pista 27L de Heathrow quando a cauda entrou em contato com a superfície da pista.
Esse tipo de incidente é conhecido como tail strike, quando a fuselagem da cauda da aeronave raspa na pista.
Ciente do contato com o solo, a tripulação do A350 arremeteu e subiu para 4.000 pés e deu voltas (orbitou) sobre a capital do Reino Unido.
Apenas 15 minutos depois, o British Airways realizou uma nova aproximação e pousou em segurança e se posicionou para outra abordagem para a pista 27R.
Imagem da plataforma FlightRadar 24 mostra a órbita e o percurso completo da aproximação realizada pelo A350-1000.
Entre as causas do tail strike estão fatores como rajadas de vento, desbalanceamento no peso da aeronave, disfunção no centro de gravidade, ajuste incorreto no estabilizador (Stab Trim), entre outras.
Estudos confirmam que a maioria dos casos se dá exatamente durante as manobras de pouso, quando a velocidade é baixa e há uma menor sustentação da aeronave.
Até a manhã desta quarta-feira (5), ou seja, 72 horas após o incidente, a aeronave da British permanece em solo.
Fotos divulgadas em redes sociais mostram a pintura arranhada da cauda do A350-1000. Mas não há informação sobre possíveis danos consideráveis à estrutura.
Um vídeo divulgado pelo canal Big Jet TV, no YouTube, exibe duas cenas interessantes: na primeira, logo no início, um possível caso de tail strike em outro British Airways voo BA-108, desta vez ocorrido em 20 de setembro. E no minuto 1'50" é possível assistir ao segundo pouso da aeronave envolvida no incidente deste domingo.
Um cena posterior mostra a aproximação de carros da Brigada de Incêndio de Heathrow até o avião.