Nanoencapsulação de herbicida oferece manejo mais seguro e eficiente para o milho
Pesquisa demonstra que a atrazina nanoencapsulada aumenta a proteção antioxidante das plantas e mantém a produtividade, abrindo caminho para uso mais sustentável de herbicidas

Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), programa do governo brasileiro voltado ao fortalecimento da pesquisa científica de ponta, investigaram o uso da atrazina nanoencapsulada no milho, demonstrando que a tecnologia potencializa a ação do herbicida sem comprometer o vigor das plantas.
Testes realizados em casa de vegetação demonstraram que formulações biodegradáveis à base de poli(ε-caprolactona), quitosana e zeína foram seguras para a fisiologia e crescimento do milho.
Segundo Bruno Teixeira de Sousa, uma das lideranças do estudo, as plantas tratadas apresentaram maior atividade antioxidante, com aumento de enzimas como ascorbato peroxidase, catalase, peroxidase e superóxido dismutase.
O efeito negativo sobre a fotossíntese foi temporário, com recuperação total em 14 dias, indicando que o milho conseguiu se proteger do estresse provocado pelo herbicida.
“Os resultados confirmam que a nanoencapsulação permite maior eficiência do herbicida durante o período crítico de competição, sem comprometer a saúde das plantas”, explicou Sousa.
A pesquisa reforça o potencial da nanotecnologia como estratégia inovadora para manejo de plantas daninhas, unindo eficácia, segurança e sustentabilidade. O estudo completo está disponível na revista científica ACS Omega.
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