Cada vez mais buscamos por alimentos com alto valor nutricional. A Piracanjuba ganha destaque ao investir em tecnologia de ponta, controle rigoroso de qualidade e práticas sustentáveis em toda a sua cadeia produtiva. O Mundo Agro conversou com Lisiane Campos, diretora de marketing do Grupo Piracanjuba sobre como a empresa assegura a excelência desde a seleção das matérias-primas — com destaque para o leite — até o desenvolvimento de produtos proteicos e sem lactose, voltados para públicos diversos, como esportistas, jovens e consumidores com restrições alimentares. Mundo Agro: Como a Piracanjuba garante que suas matérias-primas, especialmente o leite, atendem aos padrões de qualidade e segurança alimentar necessários para o desenvolvimento de produtos como as bebidas proteicas e as versões zero lactose?Lisiane Campos: Uma das maiores expertises da Piracanjuba é a excelência na produção de alimentos. Análises minuciosas são realizadas em todo o processo produtivo, desde a recepção da matéria-prima até o pós-produção (incluindo quarentena, análises microbiológicas, entre outras). Além disso, todo fornecedor de ingredientes é homologado para garantir padrões de qualidade, assim, toda matéria-prima que entra na fábrica (desde o leite até outros ingredientes adjacentes) são analisados para que a mais alta qualidade seja assegurada na totalidade de itens produzidos. Mundo Agro: Quais são as principais inovações no processo de produção da linha de produtos com proteínas, e como a empresa assegura a sustentabilidade na cadeia produtiva?Lisiane Campos: A Piracanjuba investe em tecnologia de membranas e processos térmicos que preservam a integridade das proteínas, garantindo produtos UHT de alta qualidade nutricional. Além disso, utilizamos formulações otimizadas com proteínas de alto valor biológico e matérias-primas rastreáveis. Na sustentabilidade, trabalhamos com fornecedores certificados, práticas de bem-estar animal e projetos de eficiência energética nas unidades fabris. Também adotamos políticas de redução de resíduos e o uso racional da água, garantindo uma cadeia produtiva integrada e responsável. Mundo Agro: A colaboração com a Milky Moo resultou em novas opções de bebidas proteicas. Como parcerias como essa influenciam a qualidade das matérias-primas utilizadas e a inovação nos produtos?Lisiane Campos: Utilizamos todo o conhecimento técnico e padrões de qualidade para qualquer parceria. A collab com a Milky Moo foi a primeira do Grupo. O foco foi trazer os sabores de milkshakes mais vendidos da empresa, Pandora (chocolate com avelã e brigadeiro branco) e Mimosa (brigadeiro branco com morango), com o padrão de qualidade da base proteica da Piracanjuba, uma expertise da marca. É o sabor da Milky Moo com a proteína da Piracanjuba, entregando produtos de elevada indulgência, com o benefício de 15g de proteína por porção, sendo uma opção interessante para o pré e/ou pós-treino, e tantas outras horas do dia. Mundo Agro: Quais são os desafios enfrentados pela Piracanjuba ao desenvolver produtos com um alto valor nutricional, como as bebidas com 15g de proteínas, dentro das especificações da indústria agroalimentar?Lisiane Campos: Um dos principais desafios é manter a estabilidade das proteínas em produtos UHT, sem comprometer sabor, textura e prazo de validade. Isso exige pesquisa aplicada, controle rigoroso de processos e inovação em ingredientes. Também precisamos garantir a conformidade com normas dos órgãos reguladores e padrões internacionais de rotulagem e composição nutricional. Investimos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para desenvolver formulações com excelente biodisponibilidade proteica, além de atender a diferentes perfis de consumo, como esportistas e pessoas com restrições alimentares. A validação sensorial e o uso de tecnologias de envase asséptico são diferenciais nesse processo. Mundo Agro: A linha Zquad foi criada para atender um público mais jovem. Como a Piracanjuba adapta seus processos produtivos para garantir que os ingredientes sejam apropriados para diferentes faixas etárias?Lisiane Campos: Do ponto de vista mercadológico, vimos que havia uma demanda latente do consumidor em busca de bebidas saudáveis para um público de 10 anos em diante. Oferecer uma opção com um pouco mais de proteína que um copo de leite, mas com toda praticidade e sabor que uma bebida pronta pode oferecer, foi a grande ideia do Zquad. Esse jovem consumidor – público-alvo do lançamento - pode levar a bebida para onde quiser, para um lanche ou momentos de descontração, com o benefício de ter um aporte proteico e energético, além de usufruir de sabores inusitados. Mundo Agro: Com o crescimento do mercado de produtos com alto teor proteico, como a Piracanjuba vê o papel do setor agro na evolução dos produtos lácteos para atender a essas novas demandas dos consumidores?Lisiane Campos: O mercado proteico cresce há mais de 10 anos, muito focado nos suplementos alimentares. Mais recentemente, esse crescimento se viu refletido em produtos de consumo diário. Para o setor lácteo ainda tem muito espaço para crescer, pois o consumidor busca cada vez mais esse tipo de produto. Produtos lácteos são parte da base da alimentação do brasileiro e, com isso, o próprio consumidor busca alternativas de aumentar a ingestão proteica por meio de soluções cotidianas, saborosas e ricas nutricionalmente – e os produtos lácteos atendem de forma bastante efetiva essas três variáveis. Mundo Agro: Quais são as tendências do setor agro que a Piracanjuba está acompanhando de perto para continuar inovando no mercado de lácteos e bebidas funcionais nos próximos anos?Lisiane Campos: O Grupo Piracanjuba tem viés e cultura de inovação e está a todo momento buscando alternativas inovadoras no mercado, além de procurar inovar, internamente, nas diversas áreas da companhia. Afinal, quando se trata de inovação, não é apenas para produtos, mas também para tecnologias, opções fabris, maquinários, e iniciativas no campo que podem trazer qualidade para todo o processo produtivo, refletindo em melhores ofertas de produtos aos consumidores. Vale destacar que, em atenção às demandas do mercado consumidor, o Grupo Piracanjuba está implantando uma unidade industrial com capacidade de beneficiar 1,2 milhão de litros de leite por dia e que resultará na produção de concentrados e isolados proteicos (whey protein), lactose em pó, queijo muçarela e manteiga em São Jorge d’Oeste (PR).A unidade terá capacidade instalada de produção de até 39,4 mil toneladas ao ano de muçarela e de até 7,9 mil toneladas anuais de manteiga. Em duas linhas de produção anexas, a partir do soro de leite, efluente da produção de queijos, a empresa produzirá até 6 mil toneladas ao ano de whey protein (concentrados e isolados proteicos) e até 14,8 mil toneladas anuais de lactose em pó. Convém ressaltar que o whey protein e a lactose em pó têm ampla aplicabilidade, com uso na nutrição (alimentação suplementar e hospitalar), em produtos farmacêuticos e em cosméticos, entre outros, além de agregar grande valor à cadeia láctea nacional, segmento no qual o Brasil ocupa a terceira posição como maior produtor global de leite. Mundo Agro: Como a Piracanjuba lida com a questão da sustentabilidade no fornecimento de leite e outros ingredientes, especialmente considerando o aumento da demanda por produtos livres de lactose e ricos em proteínas?Lisiane Campos: Adotamos uma abordagem sustentável desde o campo, com programas de acompanhamento técnico a produtores, que promovem boas práticas agropecuárias e rastreabilidade. Buscamos fornecedores que compartilham dos nossos valores e aplicam tecnologias que reduzem impactos ambientais. Para atender à demanda por produtos sem lactose e ricos em proteínas, desenvolvemos processos enzimáticos eficientes e monitoramos toda a cadeia de insumos, garantindo qualidade, segurança e aderência às exigências regulatórias. Nosso foco está em inovação com responsabilidade ambiental, mantendo a competitividade e a confiança do consumidor.✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp