E o Aécio? E o PSDB? É impressão de todo o povo brasileiro ou de fato os tucanos de alta plumagem são intocáveis? Estamos encerrando mais um ano, e nada de a Justiça dar uma satisfação à sociedade sobre as graves acusações que pesam sobre o outrora senhor absoluto da oposição.
Houvesse contra algum ser vivo as provas que se apresentaram contra Aécio e o cidadão já estaria preso. Nem com gravações em áudio e fotos de malas de dinheiro o processo anda. Lula, só para efeito de comparação, foi denunciado, indiciado, julgado, condenado e preso em 18 meses.
O ex-governador de Minas só este ano se tornou réu no processo em que é acusado de ter recebido R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista – fato que veio a público em 2017. Vai vendo.
E o José Serra? Aí a blindagem é evidente demais. Contra ele, em delação premiada, há três anos, executivos da Odebrecht confessaram o repasse de R$ 23 milhões para a campanha presidencial do ex-ministro, em 2010.
O valor da propina subiu para R$ 52 milhões, em nova alcaguetagem, 17 meses atrás, pela mesma empreiteira. O dinheiro teria sido enviado para um banco na Suíça. Apresentaram extrato, deram o número da conta. Provas robustas, portanto. Mas nem. Ficou por isso mesmo.
Não fossem os bois de piranha Eduardo Azeredo (preso duas décadas – vinte anos – depois de participar do mensalão tucano) e o operador Paulo Preto, não haveria um único peessedebista preso por corrupção neste país. Já até virou piada entre bandidos: se encrencou e quer escapar da cadeia, filie-se ao PSDB. É certeza de impunidade.