Na imagem, advogada Karina Kufa
Reprodução/ InstagramPara a defesa da advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Karina Kufa, o requerimento de convocação para prestar depoimento à CPI da Covid no Senado é uma tentativa de constrangê-la e criminalizar o exercício da advocacia.
Seus advogados, André Callegari, Ariel Weber e Luciana Pires, alegam que ela sempre é citada como advogada do presidente e que a convocação é uma tentativa de constrangê-la em razão dos clientes que defende.
“A convocação de Karina Kufa é uma tentativa de constranger uma advogada em razão dos clientes que defende. Toda a menção que tem sido feita a ela vem acompanhada da qualificação “advogada do presidente”, disse.
“O requerimento de convocação de Karina criminaliza o próprio exercício da advocacia. No caso de insistência em tal convocação, a defesa tomará todas as medidas judiciais cabíveis contra tamanho constrangimento ilegal’, completou.
O requerimento de convocação foi aprovado pela CPI na última terça-feira (31) em sessão tumultuada. A advogada entrou na mira da CPI após mensagens extraídas do celular do lobista Marconny Albernaz revelarem que José Ricardo Santana, ex-secretário-executivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) participou de um jantar na casa de Karina, onde foi apresentado a Albernaz.
Os senadores apontam que Santana e Albernaz teriam atuado como lobistas da Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde. Durante o depoimento de Santana, na semana passada, os senadores perguntaram ao ex-secretário da Anvisa se ele tinha conhecido Marconny em um jantar na casa de Karina em 23 de maio. O depoente alegou não se lembrar, mas confirmou que conhece Karina e tem alguns encontros sociais esporádicos com ela.
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