Na imagem, aplicativo do auxílio emergencial
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 21.07.2020A CPI da Covid aprovou, nesta quarta-feira (23), requerimento que solicita ao Ministério da Cidadania informações sobre a distribuição do auxílio emergencial e das medidas adotadas para monitoramento e estratégias para redução da possibilidade de fraudes.
O requerimento é de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “Para que seja possível avaliar a adequação da atuação do Ministério da Cidadania no sentido de cercar de cautelas a distribuição dos valores a título de auxílio emergencial, monitorando-a com segurança e evitando a possibilidade de fraudes”, justifica o parlamentar.
Vieira protocolou, ainda, requerimento de convocação do ex-secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio José Barreto de Araújo Júnior. O senador quer que o ex-funcionário explique sobre o 'coronavoucher', bem como potenciais inconsistências e fragilidades que permitiram cometimento de fraudes.
O auxílio emergencial pago entre o ano passado e este ano a pessoas em situação de vulnerabilidade alcançou os trabalhadores sem renda formal, porém os altos índices de pagamentos indevidos resultaram em desperdício de recursos públicos. Essa é a principal conclusão da fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a concessão do benefício.
O balanço parcial da fiscalização foi apresentado no último dia 10 em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Segundo a corte de contas, R$ 54,7 bilhões foram pagos indevidamente, ou seja, os beneficiários que sacaram o auxílio não estavam dentro dos critérios de elegibilidade.
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