O recorrente embate entre PSOL e PSL tomou conta da ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo) na última quarta-feira (2).
Quando a deputada Isa Penna (PSOL) subiu à tribuna e começou a recitar o poema "sou puta, sou mulher", da autora Helena Ferreira, como forma de protesto contra o projeto que prevê que apenas o critério biológico como princípio de seleção de jogadores em atividades esportivas, foram necessárias poucas estrofes para que a deputada Valéria Bolsonaro (PSL) a interrompesse.
Ao tentar seguir com a leitura, foi a vez do presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), a repreender, pedindo para que as palavras de baixo calão fossem omitidas das notas taquigráficas.
Penna disse que o poema era uma tentativa de sensibilizar os colegas para evitar que identidade social de transgêneros se torne irrelevante na separação de equipes masculinas e femininas.
Ao fim da sessão, o deputado Douglas Garcia (PSL), que já declarou que tiraria a tapas uma transexual que estivesse num banheiro feminino, prometeu representar no Conselho de Ética da ALESP um "pedido de cassação do mandato da deputada Isa Penna por quebra de decoro parlamentar".
Além das declarações no plenário, Garcia publicou em sua conta no Twitter a declaração junto ao vídeo da deputada lendo o poema. Veja abaixo: