Na imagem, ministro Braga Netto (Defesa)
Marcello Casal Jr. / Agência BrasilO deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou, nesta quinta-feira (8), requerimento convocando o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar a nota, feito pelo ministério, contra o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Em nota divulgada nesta quarta-feira (7), o Ministério da Defesa afirmou que as “Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.
O comunicado repudia o comentário feito pelo presidente da CPI da Covid. No mesmo dia, Aziz criticou militares que são integrantes do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), como o ex-ministro Eduardo Pazuello e o ex-secretário executivo Elcio Franco.
“Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, afirmou Aziz.
Ele citou os presidentes da ditadura militar, João Figueiredo e Ernesto Geisel, como exemplo da integridade dos militares, dizendo que ambos morreram pobres. “E eu estava, naquele momento, do outro lado, contra eles. Uma coisa de que a gente não os acusava era de corrupção, mas, agora, Força Aérea Brasileira, coronel Guerra, coronel Elcio, general Pazuello e haja envolvimento de militares”, acrescentou.
Para o deputado autor do requerimento, as Forças Armadas e o Ministério da Defesa deveriam ser os principais interessados em identificar e coibir práticas irregulares. “O papel deles é responsabilizar quem comete crime e não esconder debaixo do tapete ou atacar quem está investigando corrupção. Ninguém está acima da lei e nós queremos saber exatamente o que significam as ameaças da nota emitida pelo governo e Forças Armadas”, afirma Vaz.
O mal-estar entre a Defesa e a CPI da Covid, de acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), “já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado”.
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