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"É um ataque sem precedentes contra Israel", diz embaixada 

Para chefe do departamento político da embaixada de Israel no Brasil, David Atar, há chuva de mísseis contra civis há três dias

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

Foguetes interceptados pelo sistema anti-misseis, lançados de Gaza e vistos de Ashkelon
Foguetes interceptados pelo sistema anti-misseis, lançados de Gaza e vistos de Ashkelon Foguetes interceptados pelo sistema anti-misseis, lançados de Gaza e vistos de Ashkelon

O chefe do departamento político da Embaixada de Israel no Brasil, David Atar, disse ao R7 Planalto que o conflito entre Israel e Palestina, que começou na terça-feira (11), é algo sem precedentes pelo volume de mísseis que estão sendo lançados contra alvos civis em território israelense. 

"É uma situação sem precedentes pela gravidade. Temos 1.200 foguetes lançados em três dias, é um foguete a cada três minutos, que atingem crianças, jovens que estão na sala de casa. A população está tendo que se esconder em quartos no subsolo, crianças sem poder ir à escola. É a primeira vez que um Estado Ocidental está sob ataque tão grande de mísseis. É uma guerra contra civis, com o objetivo de matar civis. Algo que nenhum país pode tolerar". 

Israel tem revidado aos ataques e o número de mortos no conflito subiu para 90: 7 em Israel e 83 na Palestina. 

David Atar, da Embaixada de Israel
David Atar, da Embaixada de Israel David Atar, da Embaixada de Israel

O mais surpreendente, segundo Atar, que também é primeiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores de Israel, é o momento em que esse conflito eclodiu, logo após israelenses e palestinos terem trabalhado juntos na guerra contra o coronavírus, com grandes resultados na contenção da pandemia.

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"Estamos chocados. Há pouco tempo a ONU elogiou Israel e Palestina pela cooperação, com a doação de vacinas por Israel e de equipes médicas para traballhar com os palestinos. Houve ajuda humanitária". 

O motivo real do conflito, na avaliação de Atar, é a situação política da Palestina, com eleições canceladas e um grupo que segue no poder e estimula a violência e os ataques. Ele discorda, portanto, que a espiral de violência tenha começado por Israel ao impedir acesso de fieis à Esplanada das Mesquitas no Ramadã e por desalojar famílias de um bairro de Jerusalém. 

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"Trata-se de uma cortina de fumaça para a questão política, tanto é que os alvos não estão restritos à Jerusalém. Há um desejo de 'apagar' Israel. Estávamos em um momento ótimo de trajetória de paz, com acordos de paz e expansão de relações diplomáticas e comerciais com muitos países árabes, como os Emirados Árabes". 

Apesar da gravidade, o diplomata não acredita que o conflito se transforme em uma guerra em larga escala, mas já avalia como o pior conflito entre os países desde 2014. 

"Falar que há indicativos de uma guerra em larga escala seria uma opinião muito forte. Até porque Israel acionou mediadores como Egito, Estados Unidos e fará de tudo para terminar esse conflito o mais rápido possível pelas vias diplomáticas". 

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