O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito presidente do Senado Federal, reafirmou em discurso de posse, nesta segunda-feira (1º), sua independência em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e informou que criará a liderança da oposição e vaga feminina no colégio de lideres.
"Ao Poder Executivo, dedicaremos parte significativa de nossos vigores, fiscalizando e deliberando suas proposições, dialogando para construir o futuro da nação. Porém, dele exigimos respeito e independência a esse Poder Legislativo”, afirmou o primeiro senador mineiro presidente da Casa desde a redemocratização.
Pacheco recebeu 57 votos, desbancando a concorrente Simone Tebet (MDB-MS), que teve 21 votos, e comandará a Casa para o biênio 2021-2022. Durante o discurso, cumprimentou a senadora e informou que criará uma vaga com representação feminina no colégio de lideres, assim como uma liderança da minoria - o mecanismo existe apenas na Câmara dos Deputados.
"Assumo compromisso com a deliberação da reforma do regimento interno. Nela, estará formalmente o colégio de líderes, com a criação de uma vaga com representação feminina", disse.
"Nesse sentido, comprometo a pautar o projeto de resolução que cria a liderança da oposição. Aqui (no Senado) já possuímos as lideranças, mas perdia o espaço adequado para aquelas bancadas que não se identificam com o Poder Executivo, não necessariamente desse governo", acrescentou.
Pacheco falou que, para realizar a missão do comando da Casa, buscará seguir os fundamentos da República, da Federação e do Estado Democrático de Direito. "As liberdades, a democracia, as estabilidades social, política e econômica do país, bem como a segurança jurídica, ética e moralidade pública, com respeito as leis e à Constituição."