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Governistas foram "tchutchucas" na defesa de Paulo Guedes na CCJ

Mais experientes que os deputados do PSL, oposicionistas souberam usar estratégia e deixaram ministro isolado na defesa da Previdência

R7 Planalto|Paulo Lima, do R7

Paulo Guedes foi à CCJ da Câmara defender a reforma da Previdência
Paulo Guedes foi à CCJ da Câmara defender a reforma da Previdência Paulo Guedes foi à CCJ da Câmara defender a reforma da Previdência

Quem disse foi o presidente da Câmara, Rodrigo Maia: “Acho que os líderes do governo erraram. Dessa maneira fica a impressão que a comissão é contra a proposta”.

Para Maia, os líderes do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO) e Major Vitor Hugo (PSL-GO) não souberam proteger o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o debate sobre a reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.

Bolsonaro articula base de apoio no Congresso para a reforma da Previdência

Experientes nos embates na Câmara, os deputados da oposição, que já tinham preferência nas perguntas por serem os autores do requerimento para o convite do ministro, chegaram cedo e fizeram plantão na CCJ, com isso garantiram os nomes na lista antes dos governistas, até mesmo do PSL.

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Paulo Guedes, que aparenta não ter muita paciência com desaforos, levou pancadas e também deu seus golpes ao criticar os governos do PT e afirmar que precisa de internação quem não vê necessidade na aprovação do atual sistema de aposentadorias do país.

Foram mais de seis horas quase que sozinho, com pouco aliados em sua defesa. Rodrigo Maia, que estava ao lado do ministro e é o maior defensor da reforma, teve que manter posição de neutralidade por ser o presidente da Câmara.

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O clima tenso e com muito bate-boca só poderia terminar em confusão. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, afirmou que Paulo Guedes é "tigrão" com os aposentados, agricultores e professores, e "tchutchuca" com "a turma mais privilegiada do país" e os "amigos banqueiros.

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Inexperiente e sem pulso para conduzir a audiência, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe Francischini (PSL-PR), teve que encerrar os trabalhos.

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O que se viu na CCJ foi apenas um aperitivo das sessões que serão realizadas, principalmente quando a PEC da Previdência chegar à Comissão Especial, onde grupos organizados vão pressionar os deputados a manter no projeto seus pontos de interesse.

Aprovar a reforma da Previdência não será fácil: no plenário da Câmara serão necessários 308 votos, dos 513 deputados, em dois turnos. O caminho seguirá difícil no Senado, com a necessidade dos votos de 49 dos 81 senadores.

Ou o governo organiza a sua base para agir como um “tigrão” nas negociações ou será "tchutchuca" no Congresso e a reforma da Previdência aprovada será insuficiente para ajustar as contas públicas.

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