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Liberdade de expressão pertence a progressistas e conservadores

Jornalista sofreu atentado por defender Israel: democratas sabem que liberdade de opinião não é exclusividade de um grupo político

R7 Planalto|Marco Antonio Araujo, do R7

Pilar Rahola teve sua casa atacada por grupo da esquerda espanhola
Pilar Rahola teve sua casa atacada por grupo da esquerda espanhola Pilar Rahola teve sua casa atacada por grupo da esquerda espanhola

Liberdade de expressão é um direito universal. Atende a todos os cidadãos que pertençam a um regime democrático neste planeta. Quando o princípio era exortado, por cacoete, logo associávamos essa reivindicação a setores de esquerda (ou progressistas). O jogo virou recentemente – e discursos considerados de direita (ou conservadores) passaram a ser alvo de retaliações jurídicas e, quem diria, de punições vindas de instituições públicas e privadas.

Complicou, mas é bem fácil de resolver.

Seria bom ressaltar – até para ser possível prosseguir no raciocínio – que o conceito de liberdade de expressão não comporta (nem poderia) a propagação de atividades criminosas, calúnias, desinformação consciente ou atentados ao estado de direito e à democracia (únicos garantidores de que as pessoas possam continuar a se expressar, sem receio de serem punidas).

Posto isso, precisamos nos reeducar e atualizar o entendimento do que é pensar diferente. E se há algo pouco difícil de identificar, para qualquer ser humano, é um pensamento contrário ao nosso. Ao receber opinião ou informação verificável que cause desconforto, revolta, constrangimento ou sentimento de derrota, aí sim, acione o alerta mental: é exatamente neste momento que a liberdade pede licença para se expressar.

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Portanto, está vetado aos democratas, aos "defensores da liberdade de expressão", reagir com fúria física, criar patrulhas violentas ou conclamar a repressão a atos, manifestações e ideias que pertençam a bolhas, grupos e indivíduos com os quais discordamos. Moleza.

Aos que quiserem ser vistos como seres humanos educados e elegantes, por convicção e estilo, a dica é seguir a etiqueta e os bons manuais: respeite seu oponente, não o trate como inimigo e desenvolva a capacidade privilegiada de ouvir quem pensa diferente. Ao final, todos saíremos vitoriosos.

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Só a título de exemplo, tomara pedagógico, não foi o que aconteceu com a jornalista espanhola Pilar Rahola. Ela foi demitida do diário La Vanguardia, após expressar suas posições em defesa do "direito à autodefesa do Estado de Israel contra o terrorismo do Hamas". Não bastasse, foi atacada em sua residência pelo grupo Arran, da esquerda independentista catalã.

Há os que concordam com as posições de Rahola. E os que discordam. Há sionistas e antissionistas. E existe um espaço em que esses dois grupos podem conviver harmonicamente, sem patrulhas ou retaliações que destroem vidas: na democracia.

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