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Mais um senador do Podemos retira apoio à CPI do MEC

Em nota, senador Styvenson Valentim (RN) diz que vai retirar apoio. Ontem Oriovisto Guimarães (PR) fez o mesmo, e há 25 apoios

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu exoneração após suposto caso de propina na pasta
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu exoneração após suposto caso de propina na pasta O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu exoneração após suposto caso de propina na pasta

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) retirou o apoio à abertura da CPI do Ministério da Educação. Com a desistência, o pedido de investigação passa a ter 25 assinaturas. São necessários 27 nomes para protocolar o requerimento. 

Styvenson se manifestou por meio de nota neste domingo (10), assim como fez ontem (9) o seu colega de partido Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Agora o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que articula a realização da CPI, terá que coletar duas novas assinaturas para viabilizar a Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Ao justificar a retirada de apoio à instauração da CPI, o senador Styvenson disse que assinou o pedido sem analisar a fundo a situação e citou o momento eleitoral como desfavorável: "A denúncia pode, sim, ter um fundo de verdade, o caso precisa e deve ser apurado, corrupção não deve passar em tempo algum, mas para isso existe controle externo, imparcial – MPF, polícia. O que não podemos permitir é que num ano de eleições ocorra um julgamento parcial, da esquerda contra a direita, como de fato estava acontecendo nas últimas audiências da Comissão de Educação do Senado, completamente voltada para captação de votos". 

Completou dizendo que apoiará qualquer CPI apenas após as eleições 2022: "Assino, sim, qualquer outra CPI, mas após as eleições. Não permitirei que o povo seja usado". 

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A intenção da CPI do MEC é investigar o suposto esquema de corrupção na pasta. De acordo com denúncias, pastores sem ligação com o Ministério da Educação exigiam propina para liberar recursos para municípios. O ex-ministro Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo em meio às suspeitas de que teria atuado para beneficiar indicações dos religiosos.

O governo montou uma "força-tarefa" para impedir a realização de uma CPI em ano eleitoral e agiu em algumas frentes. Entraram em campo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o senador Carlos Viana (PL-MG), que deve assumir a liderança do governo, para tentar a retirada de assinaturas de apoio, o que até agora foi efetivo, com a retirada de duas assinaturas.

Outra estratégia é o convencimento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a não aceitar a abertura da comissão com a justificativa de que não há fato determinado. Mais uma estratégia seria a abertura de outras CPIs para desviar o foco.

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