A ativista Luisa Mell, responsável pela divulgação dos vídeos da agressão em Osasco
Reprodução/InstagramA ativista Luisa Mell, em entrevista à Coluna, disse que a agressão de uma cachorra em um supermercado de Osasco (SP) pode transformar Manchinha em um mártir de defesa dos animais. "A gente [deve] conseguir transformar essa cachorra em uma mártir, mesmo, e a morte dela conseguir salvar milhares de outras, já que a dela a gente não conseguiu salvar."
Responsável por divulgar os vídeos que geraram enorme comoção em todo o país, a ativista afirma que "essa comoção é fundamental, pois só por meio disso a gente consegue mudanças na legislação", já que "a atual é ridícula" e já "demorou para ocorrer uma mudança".
Luisa Mell credita a grande dificuldade para esta mudança à falta do entendimento de "que animais não são só cachorros e gatos". Para ela, o meio mais fácil de se aprovar uma alteração seria a divisão entre duas esferas, separando o que ela chama de "animais de consumo", como acontece em alguns Estados dos EUA.
Ela compara o pretenso endurecimento da lei com a Lei Seca: "Antigamente todo mundo dirigia bêbado, hoje em dia é bem menos, mas com o enrijecimento da lei diminuíram muito esses casos".
A ativista espera que, "com essa repercussão toda, a gente consiga, além da mudança na legislação, uma mudança na política de grandes empresas, tanto no tratamento de animais que aparecem abandonados quanto no apoio efetivo e sério a ONGs".
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