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"PEC vai mudar recursos no Brasil" diz autor da 2ª instância

Deputado Alex Manente (Cidadania-SP) comemora aprovação do texto que considera a segunda instância como o trânsito em julgado 

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

"PEC vai mudar recursos no Brasil" diz autor da 2ª instância
"PEC vai mudar recursos no Brasil" diz autor da 2ª instância "PEC vai mudar recursos no Brasil" diz autor da 2ª instância

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP), autor da PEC da prisão após segunda instância, aprovada nesta quarta-feira (20) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), disse que o texto é o mais seguro que poderia ser aprovado para mudar o sistema de recursos do Brasil. 

— A medida constitucional é a medida jurídica mais segura para não termos nenhuma contestação no futuro e não ficarmos novamente submetidos a mudanças de interpretação que o Supremo tem a cada momento. 

A PEC 199/2019 foi apensada à PEC 410/2018, também de autoria de Manente, mas que sofria resistências por gerar dúvida sobre a alteração de uma cláusula pétrea, o que só pode ser feito por meio de Assembleia Constituinte. 

— Essa nova PEC protocolada ontem teve apoio o que mostra que iremos a plenário depois de passar pela Comissão Especial com toda a possibilidade de termos os 308 votos necessários.

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O deputado explica o que texto propõe: mudar o sistema de recursos para que a terceira e quarta instâncias fiquem apenas com questões processuais, já que de fato não discutem o mérito. Com isso, o trânsito em julgado, quando o processo é considerado finalizado para o cumprimento da pena, será após a segunda instância. 

— Essa PEC modifica o sistema recursal brasileiro. Delimita um espaço importante, porque o nosso sistema é moroso, letárgico e que posterga condenação especialmente para os que têm poder aquisitivo, influência e poder. Estamos limitando o trânsito em julgado definitivamente para a segunda instância. E fazendo com que a Suprema Corte apenas avalie ações revisionais, quando há rito errado. Não podemos ver uma Suprema Corte recebendo milhares de processos sem ter capacidade de analisar. O cumprimento de pena começa após condenação em segunda instância. 

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O parlamentar considera o sistema jurídico brasileiro "uma fábrica de recursos". 

— A proposta é que última instância para avaliar mérito e prova possa ser o transito em julgado [segunda instância] e a partir dela só saia ação revisional. Hoje o recurso revisional extraordinário é uma fábrica de recursos no Brasil, que se utiliza só para postergar. A PEC vai reduzir a letargia do Direito no Brasil. Temos que dar mais celeridade para que condenações sejam cumpridas. A primeira instância no Brasil leva quatro anos, a segunda mais seis, já são dez. Aí com terceira e quarta são vinte anos. É muito tempo. 

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