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PSOL aciona Justiça contra aumento salarial de Covas em SP
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Prefeito reeleito vai ganhar R$ 35.462
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Votação na Câmara se deu mediante a manobra
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Covas sancionou próprio aumento nesta quinta (25)
Na imagem, prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB)
MISTER SHADOW / ASI / ESTADÃO CONTEÚDO - 29.11A vereadora eleita Erika Hilton e a bancada do PSOL da Câmara Municipal de São Paulo acionaram, nesta quarta-feira (23), a Justiça de São Paulo contra o aumento salarial do prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB), de seu vice Ricardo Nunes (MDB) e dos secretários municipais.
“Mesmo que o reajuste esteja previsto para 1º de janeiro de 2022, a Câmara ignora o fato de estarmos na segunda onda da covid-19, de uma incerteza após as festas de fim de ano, além das incertezas e gastos com a imunização que a cidade deveria dar prioridade, e não a esse tipo de aumento fora da realidade social e econômica e financeira da própria administração pública”, afirma o documento.
“Ora, quando se legisla em causa própria, de modo a se aumentar a própria remuneração, o que se tem é a apropriação do espaço público para a satisfação de um interesse particular mesquinho; o que se tem é um desvio de finalidade da máquina pública, que deixa de servir ao bem comum e passa a favorecer uma minoria bem localizado no aparato que a todos pertence”, acrescenta.
A Câmara dos Vereadores aprovou um projeto de lei que concede aumento de 46% no salário de Covas, passando de R$ 24.175,55 para R$ 35.462. A votação se deu mediante a uma manobra conhecida como ‘cavalo’, quando um projeto é usado para colocar outro em votação.
Nesta quinta-feira (24), Covas decidiu dar um presente a si mesmo na véspera de Natal e sancionou o projeto. A publicação consta no DOU (Diário Oficial do Município) e explica que as despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta do dinheiro dos contribuintes.
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