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Quem é Luís Miranda, deputado que denunciou compra da Covaxin

Um dos "outsiders" das Eleições 2018, foi eleito mesmo morando nos Estados Unidos. Na Câmara, trabalha pela reforma tributária

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

08/06/2021 - Plenário - Breves Comunicados
Breves Comunicados. Dep. Luis Miranda DEM - DF
08/06/2021 - Plenário - Breves Comunicados Breves Comunicados. Dep. Luis Miranda DEM - DF 08/06/2021 - Plenário - Breves Comunicados Breves Comunicados. Dep. Luis Miranda DEM - DF

Em um País que vivia um incômodo momento de revelação de grandes escândalos de corrupção envolvendo partidos políticos, Luís Miranda (DEM-DF) foi um dos deputados federais eleitos em 2018 por ter sido reconhecido pelo eleitor como um "outsider", alguém de fora da política partidária. 

Assim como muitos de seus colegas na Câmara, Miranda não precisou da estrutura partidária para conquistar os 65.107 votos que o levaram ao Congresso Nacional. Ele sequer fez campanha no Brasil. Foi o primeiro deputado eleito no País morando no exterior. Da Flórida, usou o seu canal do YouTube, que tinha 650 mil seguidores por dar dicas de como conseguir visto e empreender nos Estados Unidos, para convencer os eleitores de Brasília, sua cidade natal.

Embarcou na onda bolsonarista e vestiu a camisa do então candidato à Presidência. Apesar de não ser do mesmo partido, se alinhou pelo discurso ético e de combate à corrupção. Usou a receita que foi sucesso em 2018 e também elegeu Joice Hasselmann, Carla Zambelli e Alexandre Frota. 

Na Câmara, construiu boa relação com os presidentes, tanto com Rodrigo Maia, que era do seu partido, quanto agora com Arthur Lira (PP-AL) e vinha tentando apoio dos seus pares para ser o novo relator da reforma tributária. Usava como argumentos o fato de ser da base de Bolsonaro e de estar alinhado com as propostas do Planalto, além de ser presidente da frente parlamentar mista pela reforma tributária. 

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O deputado vinha percebendo, nos bastidores, que o governo trabalhava contra o seu nome na relatoria, apesar de reconhecer os seus projetos sobre o assunto, como uma PEC que trata da unificação de tributos (PEC 138/2019). 

Além da PEC, Miranda apresentou cinco projetos de lei, sendo dois deles relativos ao combate à pandemia e apensados a outros similares que aguardam votação.

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Após ter avisado o presidente Bolsonaro das suspeitas de irregularidades nos contratos de compra da Covaxin a partir de relatos do seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, responsável pelos contratos, o deputado se queixou de não ter sido mais recebido pelo presidente Bolsonaro e de ter perdido verbas de emendas parlamentares. 

Tudo indica, que desde ontem (23), quando tornou públicas as suas suspeitas, com vazamento de prints de conversas, documentos e áudios, o deputado Luís Miranda terá ainda mais dificuldades dentro do parlamento. A relatoria na tributária já foi descartada por Lira, segundo interlocutores, e o Planalto anunciou que irá investigar a conduta do deputado e do seu irmão. 

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O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Onyx Lorenzoni, chegou a insinuar que Miranda tenha apresentado documentos falsos. 

O deputado costuma dizer, em terceira pessoa, que tem a sua vida pautada pela ética e que tudo que conquistou foi pelo mérito. Ressalta as suas qualidades como empreendedor, apesar de não ter formação específica em negócios. Sua escolaridade é Ensino Médio Completo.

A investigação que irá enfrentar a partir de agora não será a sua primeira. Em 2019, foi acusado na Justiça Eleitoral de fraude no impulsionamento de conteúdo e compra de votos. Foi absolvido das instâncias superiores. Também já respondeu por estelionato e foi inocentado. 

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