O 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM)
Michel Jesus/Câmara dos Deputados - 19.08.2021O 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), acusa o Ministério do Meio Ambiente de travar o projeto de lei que regulamenta o mercado de créditos de carbono e afirma que a ação “é um erro para a imagem do Brasil”.
De sua autoria, a proposta regula a compra e venda de créditos de carbono, tipo de certificado que atesta e reconhece a redução de emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
Pela proposta, um crédito de carbono equivale a uma tonelada desse gás que deixará de ser lançada na atmosfera, e estará atrelado a projetos como os de reflorestamento. A redução, então, será quantificada e convertida em títulos, que poderão ser negociados com governos, empresas e afins.
O texto foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, e está há quase quatro meses em análise na Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, comandada pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Ramos conta que busca consenso em torno do projeto de lei. “Entidades da indústria, da agricultura, ambientais e governadores convergem. Só o governo [Ministério do Meio Ambiente] insiste na tese de não votar antes da COP”, afirma.
O impasse ocorre dias antes da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro. O Brasil deve apresentar, no encontro, propostas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, na linha do que foi exposto em abril na reunião virtual da Cúpula de Líderes sobre o Clima.
O R7 fez contato com o Ministério do Meio Ambiente e aguarda retorno.
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