Apesar de ser tratada como prioritária pelo governo e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a reforma do Imposto de Renda não foi colocada novamente em votação porque ainda há pontos de resistência. O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), falou das dificuldades na tramitação da reforma:
"As negociações estão travadas no Imposto de Renda, há muita dificuldade, em função de perda para Estados e municípios e avançaram as negociações com o CNM de compensação em outras legislações que estão tramitando, como 1% do FPN. É uma matéria que é muito dificil de avançar numa negociação".
A Confederação Nacional dos Municípios enviou aos deputados um posicionamento oficial favorável à reforma do IR (PL 2337/2021), mas pedindo contrapartidas às perdas de arrecadação que os municípios terão. As reivindicações dos municípios são: uma nova PEC para aumentar em 0,37% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a votação imediata da PEC 391/2017, que aumenta em um ponto percentual os recursos do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) repassados ao FPM, a votação da PEC 122/2015, que proíbe novos encargos aos municípios sem respectivo recurso e a votação do PL 2075/2021, que corrige o piso do magistério pelo INPC.
Na tarde de ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) disse que a matéria só voltará à pauta quando cada partido e parlamentar possa expressar o que realmente defende. "As conversas estão andando bem, estive ausente do plenário nessa semana durante os três dias, vendo quais são as dificuldades, nunca vai haver convergência".