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Relator altera texto de reforma do IR para viabilizar votação 

Novo relatório suaviza a queda das alíquotas do IRPJ para reduzir os impactos nos cofres de Estados e municípios 

R7 Planalto|Mariana Londres, de Brasília

Relator altera texto de reforma do IR para viabilizar votação
Relator altera texto de reforma do IR para viabilizar votação Relator altera texto de reforma do IR para viabilizar votação

O relator da reforma do Imposto de Renda, Celso Sabino (PSDB-PA), apresentou na manhã desta quarta-feira (11) uma nova versão do texto com alterações para viabilizar a votação ainda hoje, reduzindo as resistências, especialmente de governadores e prefeitos que prevêem queda na arrecadação com as mudanças. 

O novo parecer reduz a queda da alíquota base do Imposto de Renda para as empresas, que pelo novo texto cairá dos atuais 15% para 6,5% em 2022, e para 5,5% em 2023. O adicional de 10% da alíquota do IRPJ para os lucros que ultrapassem os R$ 20 mil reais mensais fica mantido.

Outra mudança é na CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), que terá redução já a partir de 2022, caindo dos atuais 9% para 7,5% em 2022. A queda deste tributo alivia as empresas sem prejudicar a arrecadação de Estados e municípios, apenas da União. Ou seja, não deixa a queda de arrecadação apenas para os governos regionais. 

Para os empresários, portanto, a tributação, caso o texto de Sabino seja aprovado, ficará em 23%, se forem somadas as alíquotas de 15,5% do IRPJ com os 7,5% da CSLL. Atualmente a soma é de 34%. 

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Para compensar essa redução e não quebrar os cofres públicos, o projeto prevê, e isso está mantido no novo relatório, a tributação de lucros e dividendos com alíquota de 20%, sendo isentas as empresas do Simples e pequenas até o limite de R$ 20 mil por beneficiário. Com a manutenção da tributação, o texto ainda deve enfrentar resistências de empresários. 

Pessoas físicas

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As mudanças no IR que devem ser votadas nesta quarta também abrangem as pessoas físicas. Nesse caso, porém, o relator manteve a proposta original do governo, com o reajuste da tabela do IR e com a limitação do desconto simplificado na declaração de ajuste anual. 

A limitação do desconto simplificado já é alvo de emendas de deputados. O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) apresentou uma emenda para suprimir a alteração e manter o desconto simplificado como é hoje, alegando que as mudanças podem causar um prejuízo para 6,8 milhões de contribuintes da classe média. 

A proposta também reduz a alíquota do IR sobre ganhos de capital na venda de imóveis para 5% se o contribuinte atualizar o valor da propriedade entre janeiro a abril de 2022.

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