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Senado vota projetos para reduzir preço dos combustíveis; entenda

Propostas colocam governadores e governo federal de lados opostos; um reduz impostos e o outro cria estabilização de preço

R7 Planalto|Mariana Londres, do R7, em Brasília

Senado vai discutir nesta quarta (9) os projetos que podem reduzir o preço dos combustíveis
Senado vai discutir nesta quarta (9) os projetos que podem reduzir o preço dos combustíveis Senado vai discutir nesta quarta (9) os projetos que podem reduzir o preço dos combustíveis

Os senadores devem analisar nesta quarta-feira (9) dois projetos de lei que podem alterar o preço dos combustíveis. Os dois textos (PLP 11/20 e PL 1472/21) já estavam em discussão desde o ano passado, mas a alta do preço internacional do petróleo após o início da guerra na Ucrânia tornou a discussão mais urgente e complexa.

O PLP 11/2020 altera a forma de cálculo do ICMS sobre combustíveis. Com a mudança proposta, o valor do imposto sobre os combustíveis deve ficar mais baixo, o que reduzirá o preço final ao consumidor.

Como o ICMS é cobrado pelos estados, os governadores devem ter arrecadação menor de impostos e, portanto, menos dinheiro para prestar serviços à população e fazer investimentos. A crítica a esse projeto é que se o dólar e/ou o preço do barril do petróleo no mercado internacional subirem, a redução de impostos pode não ser suficiente para baixar os preços para o consumidor. O governo federal, que também seria autorizado pelo projeto a zerar impostos federais, defende o texto por ver menos impactos negativos. 

Já o PL 1472/2021 cria uma conta de estabilização para conter a alta dos combustíveis. A conta, uma espécie de poupança, é usada para compensar as altas internacionais. Quando o valor internacional subir, a conta paga a diferença, e não o consumidor final.

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Esse projeto tem apoio de governadores, mas não do governo federal, que tem ressalvas ao desenho da conta de estabilização. Ela será abastecida com dinheiro dos lucros obtidos com a alta do dólar e do petróleo, além de fontes adicionais, como as participações governamentais no setor de petróleo e gás.

A votação foi adiada duas vezes neste ano, antes ainda do início da guerra. Os motivos dos adiamentos foram dois: governadores e governo federal estão de lados opostos na discussão e o governo ainda não tem um líder no Senado, após a saída de Fernando Bezerra Coelho (MDB-CE) no ano passado, que facilitaria os acordos antes das votações. 

Existe a possibilidade de a votação ser novamente adiada nesta quarta. Se isso ocorrer, será um sinal claro de que ainda há muita divergência sobre o assunto. 

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