O Brasília Shopping, que abriga o restaurante onde teria ocorrido a oferta de propina por vacina feita por funcionário do Ministério da Saúde, afirmou que não possui a filmagem do episódio.
De acordo com nota enviada ao R7 Planalto, o equipamento do shopping armazena as imagens dos últimos 30 dias – a oferta de propina, por sua vez, ocorreu há mais de quatro meses.
A oferta de propina foi feita pelo então diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante encontro no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, no dia 25 de fevereiro. O caso foi relatado pelo empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se diz representante da empresa Davati Medical Suplly. O funcionário, denunciado por propina, foi demitido pelo governo federal.
Nesta quinta-feira (1º), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, afirmou que requisitou à Polícia do Senado que fizesse diligência até o local para requisitar os registros do encontro entre o empresário e o funcionário da Saúde. Os agentes disseram que o restaurante não possuía o vídeo do dia 25 de fevereiro, apenas dos últimos sete dias.
O senador pediu então para que a CPI vote, na próxima semana, requerimento para ter acesso ao HD completo, tíquetes de estacionamento do restaurante, assim como o acesso ao extrato das contas que foram pagas pelo estabelecimento no período.
A reportagem também busca contato com o restaurante Vasto. Em nota, disse que o equipamento de gravação possui capacidade limitada e que tem o registro apenas dos últimos 10 dias, "sendo impossível, portanto, ter acesso a imagens anteriores a essa data". Vasto completa que se coloca, ainda, à inteira disposição das autoridades para colaborar no que for necessário.