Na imagem, tenente-coronel Marcelo Blanco
Adriano Machado/Reuters - 04.08.2021Em depoimento à CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor da área logística do Ministério da Saúde, negou que houve pedido de propina no jantar com o policial militar Luiz Paulo Dominguetti e então diretor Roberto Dias.
“Quando eu conversei com o Dominguetti e combinei de ele ir até o Vasto (restaurante), eu combinei de encontrar com ele no shopping. Talvez, tenha sido isso aí por volta de 7h, 7h e pouco da noite. Nós entramos. À esquerda, Roberto já se encontrava lá, sentado à mesa, com o Sr. Ricardo. Eu me dirigi até a mesa, apresentei o Dominguetti. Nós nos sentamos. Não chegamos nem, pelo menos eu... Eu saí antes. Mas não chegamos nem a jantar. Pedimos uma entrada ali”, contou.
“Eu não devo ter ficado mais de uma hora ali, até porque, naquele dia, naquela ocasião, tinha um jogo pelo campeonato brasileiro do Flamengo a que eu queria assistir em casa. E, no momento em que o Dominguetti foi apresentado, ele conversou sobre o interesse dele de ter uma agenda, porque ele estaria retornando à cidade de origem dele no dia seguinte. O Roberto, em função de ele estar retornando à cidade de origem, abriu uma lacuna ali na agenda dele, orientou que fosse feita uma solicitação formal e que ele, formalmente, iria responder o horário da agenda no dia seguinte no ministério, como acabou ocorrendo”, completou.
No jantar, ocorrido em 25 de fevereiro em Brasília, Dominguetti informou que Dias havia feito o pedido de propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca. O diretor, que foi exonerado após o escândalo, nega a acusação.
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