Weliton Prado (PMB) disse à coluna que estava cansado de 'bater escanteio e correr para cabecear'
Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Sem ninguém
O Partido da Mulher Brasileira (PMB) chegou a ter 21 deputados em fevereiro de 2016. Mas, desde a janela partidária, sofre com o esvaziamento. Perdeu a sua única parlamentar e agora em agosto sofreu a saída de seu último deputado.
Weliton Prado (MG) foi o último a sair. À coluna ele explicou que o motivo de ter migrado para o Pros. "Como fiquei sozinho, estava no gol, era zagueiro, atacante, batia escanteio e ia para área cabecear. Então é muito difícil. Cheguei no meu limite. Há muitas limitações no regimento para partidos que não têm bancada. O Pros tem quatro deputados, comigo cinco. Então é uma bancada. E uma bancada tem várias atribuições".
Apesar de estar feliz com a mudança, o deputado disse ter lamentado a saída. "Aprendi muito sobre a causa da mulher, de dupla jornada de trabalho, sofrendo por uma vaga em creche. O partido tem uma bandeira muito bacana que para mim foi um aprendizado. Espero que o PMB nas próximas eleições eleja uma grande bancada de mulheres aqui na casa. Infelizmente os deputados não se sensibilizaram de ficar no partido e a representatividade delas ainda é muito pequena".
Antes de deixar o PMB, o deputado já havia deixado o PT, partido pelo qual foi eleito, por divergências ideológicas.
A explicação da debandada do PMB, é que, na verdade, a legenda foi usada como 'passagem' por parlamentares que queriam mudar de partido sem perder o mandato. Foram para o PMB e o deixaram assim que houve uma janela partidária. Não foi o caso de Weliton.
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