R7 Planalto União Brasil deve ficar com comando da CCJ da Câmara

União Brasil deve ficar com comando da CCJ da Câmara

Definição das presidências das comissões ocorre nas próximas semanas, após o fim da janela partidária

  • R7 Planalto | Mariana Londres, do R7, em Brasília

Deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) é um dos cotados para a presidência da comissão

Deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) é um dos cotados para a presidência da comissão

Agência Câmara - Arquivo

O fim da janela partidária, que redesenhou o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados, trará nas próximas semanas a definição sobre o comando das comissões permanentes na casa. A expectativa é que, em duas semanas, sejam eleitos os novos presidentes das comissões, que não funcionam desde fevereiro.

A principal comissão da Câmara, a CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), é alvo de disputa desde o início do ano. A tendência é que o comando do colegiado fique com o União Brasil, mesmo o partido tendo perdido parlamentares na janela, ocupando hoje a quarta bancada, com 47 deputados, atrás de PL (75), PT (56) e PP (49). 

Dentro da legenda há dois nomes para suceder a deputada Bia Kicis (PL-DF) no comando da CCJC: Arthur Maia (União Brasil-BA) e Juscelino Filho (União Brasil-MA).

O União Brasil argumenta que, segundo o regimento interno da Câmara, o maior partido ou bloco, na segunda quinzena de fevereiro do primeiro ano da legislatura, faz a primeira indicação às comissões. A vaga, portanto, seria do PSL. Sendo o União fruto da fusão do DEM com o PSL, manteria a prioridade.



Já deputados bolsonaristas que mudaram de partido dizem que houve um acordo interno durante a campanha para a atual Mesa Diretora que deixava a Primeira-Secretaria com o presidente do União Brasil (então PSL), Luciano Bivar (PE), e o comando da CCJC com aliados de Bolsonaro, Bia Kicis e Major Vitor Hugo (ambos eleitos pelo PSL e hoje no PL). 

Os contrários ao argumento do acordo dizem ainda que ele foi quebrado quando bolsonaristas lançaram candidato avulso à Primeira-Secretaria, que acabou derrotado. 

A CCJC é cobiçada na Casa por ser a única comissão em que, obrigatoriamente, todas as propostas precisam ser analisadas antes de ir a plenário. O parlamentar que comanda o colegiado também define a pauta e, por isso, a presidência da comissão é estratégica.

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