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Reciclar é rentável e faz bem. Veja exemplos que fazem a diferença

Exemplos de conscientização aliados a iniciativa público-privadas estimula a reciclagem correta de resíduos

Todos os Blogs|Do R7 e Dionisio Freitas

Roberto é sindico de um prédio e aliou a experiência pessoal com a profissional para reciclar resíduos sólidos em SP
Roberto é sindico de um prédio e aliou a experiência pessoal com a profissional para reciclar resíduos sólidos em SP Arquivo Pessoal

Para esta semana, decidi utilizar um personagem para abordar um assunto que precisa ser constantemente revisado e compreendido: a importância da contribuição para a conscientização. Convido você a embarcar comigo nesta jornada, onde traremos exemplos e reflexões até o final do texto.

Para começar, compartilharei o depoimento de Roberto Cardinalli: "Não sei em que momento exato a consciência sobre a reciclagem do lixo se tornou tão significativa para mim, como se fosse uma chave virando na minha cabeça. Desde criança, sempre pensei: não é possível que as pessoas não se importem. Sempre busquei compartilhar com os amigos maneiras positivas de melhorar nosso ambiente, nossa comunidade, nossa saúde. Eu queria que os brasileiros tivessem esse desejo de cuidar mais do que produzem e do lugar onde vivem."

Roberto é síndico de um prédio com mais de trezentas famílias na zona oeste da capital paulista. Durante sua gestão, ele tentou integrar sua consciência pessoal à responsabilidade administrativa, tomando decisões que beneficiassem não apenas os condôminos, mas também contribuíssem para o progresso social.

Sua iniciativa de buscar parceiros para reciclar o lixo resultou em uma redução significativa na quantidade de resíduos produzidos pelo prédio. Anteriormente, eram descartados 200 sacos de resíduos de 100 litros por dia, mas agora essa demanda foi reduzida para apenas 12 ou 13 sacos diários, com 95% do lixo produzido sendo reciclado, de acordo com Roberto.


Para realizar essa tarefa, ele conta atualmente com três parceiros: a prefeitura de São Paulo, a Elect Solutions e a Unilever, esta última responsável pela reciclagem de buchas de pia. Em apenas três meses de parceria, mais de 200 buchas foram recicladas.

"Eu vi uma ONG fazendo móveis com sandálias velhas e quebradas. Eles lavam, prensam e fazem móveis maravilhosos. Com tudo isso, estamos dando um novo propósito às coisas, em vez de permitir que fiquem ali por 400 anos para se decompor na natureza. Estamos evitando ocupar espaços que poderiam ser parques, deixando-os cheios de lixo. Além disso, há o risco de explosão, pois, se não houver adequação, além de poluir, o gás metano produzido pelo lixo pode se acumular", enfatiza Tio Betones, como ele gosta de ser chamado.


E o que Roberto salienta no final é muito preocupante. Segundo o engenheiro ambiental Ramon Baptista, especialista em gestão de resíduos sólidos do Aterro Ouro Verde, a produção de gás metano no lixo impulsiona o efeito estufa. O resultado disso reflete na quantidade de chuvas pelo país.

"O metano possui um potencial de aquecimento global cerca de 25% maior do que o dióxido de carbono. Se ocorrer um manejo e descarte inadequados, o processo de decomposição vai provocar o aumento da emissão desses gases e contribuir para o aquecimento global", explica o engenheiro.


Dados do Ministério das Cidades apontam que, de acordo com o último levantamento atualizado em 2023, o Brasil produz cerca de 63 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos.

Atualmente, 32% dos municípios possuem coleta seletiva, e estima-se uma recuperação de resíduos recicláveis secos em 1,12 milhão de toneladas (com 1,87 milhão de resíduos coletados para reciclagem). Segundo a CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, entre as principais fontes potenciais de contaminação das águas subterrâneas estão os lixões e os aterros mal operados.

"Esse lixo pode ser levado pela chuva e poluir os mananciais que abastecem a população, além de provocar a obstrução de bueiros, gerando alagamentos e a proliferação de doenças", ressalta Ramon Baptista.

Aterro em Goiás garante o destino correto aos resíduos sólidos e aos resíduos da reciclagem. A meta é proteger pessoas e o meio ambiente.
Aterro em Goiás garante o destino correto aos resíduos sólidos e aos resíduos da reciclagem. A meta é proteger pessoas e o meio ambiente. Arquivo Pessoal / Mídia e Conexão assessoria.

Quando o resíduo é selecionado e tratado corretamente, os impactos gerados são menores e a tendência é que a população e as empresas invistam mais nos cuidados com a separação do lixo.

"Está cada vez mais comum o desenvolvimento de atividades para obter o melhor reaproveitamento do resíduo, que vai além da reciclagem, por exemplo, para a produção de combustíveis derivados de resíduos e produção de energia através de resíduos", comenta Baptista, responsável técnico pelo aterro Ouro Verde, na cidade de Padre Bernardo, no estado de Goiás.

A atividade aqui é garantir a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos que não puderam ser reciclados, de modo que os descartes não causem danos à saúde pública ou ao meio ambiente.

Se você chegou até aqui, quero perguntar: onde você mora, o lixo é reciclado? Você também tem esse cuidado? Se os números te chamaram a atenção, é hora de se juntar e levantar essa bandeira. Reciclar é garantir vida, PARTICIPE!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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