Especialista analisa novos acordos comerciais entre Brasil e China
Presidente Lula anunciou o investimento chinês de R$ 27 bilhões em vários setores da economia brasileira
Conexão Record News|Do R7
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na China para fechar novos acordos de parceria e cooperação econômica com o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), empresas chinesas irão investir R$ 27 bilhões em diferentes setores do país. Lula também propôs elevar o intercâmbio de turistas e ampliar conexões aéreas entre os dois países. Nesta terça-feira (13), o presidente participa do fórum China-Celac — a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.
Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (12), Vladimir Feijó, doutor em direito internacional e professor da UniArnaldo, explica que os acordos assinados já eram previstos e serão vantajosos para ambos os países. Uma das vantagens para Pequim é a chegada de uma série de empresas de tecnologia e de semicondutores chinesas ao Brasil. Já para Brasília, é de grande importância abrir um novo mercado global para o substituto brasileiro ao petróleo de aviação e apresentar o SAF — proveniente dos resíduos do agro e muito importante para a transição energética.
Outro ponto destacado por Feijó é a busca da China por parceiros mais seguros após a batalha comercial com os Estados Unidos, com acordos de longa duração e menor risco de flutuações dos parceiros. O professor vê que as taxações americanas podem ter acelerado as assinaturas dos acordos que só sairiam ano que vem, porém, ele acende o alerta para que o Brasil não dependa somente do mercado chinês.
“A oportunidade que se abrir à China não pode ser um vício para o produtor e exportador brasileiro depender do mercado chinês. Deve ser apenas a chance escalonar aquilo que era produzido exclusivamente no mercado brasileiro, mas que precisa de investimento para aumentar a produção de exportação, começar na China, mas expandir para outros mercados”, finaliza Feijó.
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