Rompimento em 2014 matou três pessoas
Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoO Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) quer que os responsáveis pelo rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Mineração, em Itabirito, a 57 km de Belo Horizonte, sejam levados a júri popular para responderem pelo crime de homicídio qualificado, além de crimes ambientais. O rompimento da barragem ocorreu em setembro de 2014 e provocou a morte de três pessoas.
O pedido foi apresentado para a 1ª Vara da Comarca de Itabirito, assinado pelos promotores de Justiça de Itabirito e dos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e de Defesa do Meio Ambiente (Caoma). O documento requer que os proprietários da empresa, auditores e funcionários responsáveis pela barragem de rejeitos sejam levados a júri popular.
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Para o MP-MG, o rompimento da barragem B1 foi resultado de irregularidades na gestão ambiental da Herculano Mineração e da disposição ilegal de rejeitos em local que deveria estar desativado.
Rompimento em MG
Oito trabalhadores da Herculano Mineração foram soterrados após a estrutura localizada na zona rural de Itabirito se romper. Os operários trabalhavam na manutenção quando houve o deslizamento. A mina estava ativa, mas a barragem já estava desativada. Três trabalhadores morreram.
Dias depois, a empresa alegou que o rompimento podia ter sido causado por um fenômeno geológico raro chamado “inversão de relevo”, que é quando ocorre a formação de canais subterrâneos. Em 2015, os sócios da empresa foram indiciados por homicídio e crime ambiental.
A reportagem tenta contato com a Herculano Mineração.
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