Após dez dias de conflitos, escolas da Rocinha voltam a funcionar
Na Maré, cerca de 14 mil estudantes estão sem aulas
Rio de Janeiro|Do R7
Com funcionamento irregular há dez dias, todas as escolas municipais e estaduais da Rocinha, zona sul do Rio, voltaram a abrir as portas nesta quinta-feira (28). O atendimento estava prejudicado desde o último dia 18, quando a polícia iniciou as operações na comunidade, após uma guerra entre traficantes pelo controle da área.
Ao todo, a comunidade tem seis escolas municipais, duas creches e um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil), que atendem a mais de 3,3 mil alunos. Em frente à Rocinha, há também uma unidade estadual, o CIEP Ayrton Senna da Silva, que esteve fechado entre segunda (25) e quarta (27).
Nesta quarta, em mais um dia de operações policiais na comunidade, moradores estenderam uma faixa pedindo a volta às aulas na região.
Além das unidades da Rocinha, escolas públicas e privadas da Gávea e São Conrado, bairros vizinhos à comunidade, também estiveram com o funcionamento irregular desde o início das operações.
Aulas na Maré
No mesmo dia em que os estudantes da Rocinha voltam as aulas, mais de 14 mil alunos da Maré não puderam ir para a escola, devido a uma operação no complexo de favelas, na zona norte da cidade. A ação é um desdobramento do trabalho empreendido na Rocinha em busca de Rogério 157 e outros criminosos envolvidos nos conflitos recentes no local.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 19 escolas e 18 instituições de ensino infantil estão sem funcionamento, deixando de atender 14.079 alunos.
Unidades de saúde
O funcionamento das unidades de saúde da Rocinha também voltou a funcionar normalmente nesta quinta, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde. As equipes que haviam sido realocadas em outras unidades para atender a população voltaram a atender em suas próprias instalações. O atendimento está normalizado na UPA, na Clínica da Família e no CAPS Maria do Socorro.