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Após morte de policial na Vila Cruzeiro, PM e Civil fazem operações em favelas

Ação foi planejada pelas inteligência das duas polícias

Rio de Janeiro|Do R7

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Após o confronto que matou a policial militar Alda Rafael Castilho, no Parque Proletário, na Penha, zona norte do Rio, no último sábado (1º), o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, determinou que as inteligências das Polícias Militar e Civil realizassem operações em 12 pontos de atuação da facção responsável pelo tiroteio que vitimou a PM. As ações tiveram início na madrugada desta segunda-feira (3).

Participaram da reunião, além do secretário, representantes da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Secretaria de Segurança, do Comando-Geral e do Estado Maior Geral Operacional da Polícia Militar, da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), da Subchefia Operacional e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) e das Inteligências da PM e Polícia Civil.

A policial, que trabalhava na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade, foi atingida na cabeça e chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu ao ferimento.

Ainda de acordo com a polícia, três pessoas ficaram feridas. Um casal que passava de carro pelo local do tiroteio foi baleado. O caso mais grave é o de Elaine Marques Ribeiro Mariano, que levou um tiro na cabeça e está internada no hospital Getúlio Vargas em estado grave. Já Antônio Marcos Travassos foi atingido na perna e não corre risco de morte. Além deles, o policial Marcelo Gilliard, que também trabalha na UPP local, foi atingido na coxa e tem quadro estável.

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Ataque a favelas pacificadas

O tiroteio na Vila Cruzeiro foi o nono ataque de criminosos a comunidades pacificadas no Rio nesta semana. Na noite de sábado (1º), na Rocinha, zona sul da cidade, PMs e traficantes entraram em confronto na localidade conhecida como Máscara. Os bandidos conseguiram fugir. O policiamento foi reforçado e buscas foram feitas, sem sucesso. Também na Rocinha, outros três confrontos entre policiais e criminosos provocaram pânico nesta semana. Uma bala perdida matou o morador Edilson Rodrigues Cardoso, de 33 anos.

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Na sexta-feira (31), dois casos assustaram moradores de comunidades da zona norte do Rio. No episódio mais grave, um policial da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Andaraí levou um tiro na barriga durante um ataque de traficantes. Ele foi hospitalizado, passou por operação e, até a noite de sábado, o quadro de saúde era considerado estável.

No Complexo do Alemão também houve ataque. Dois coquetéis molotov foram lançados no terreno ocupado pela UPP e pela recém-inaugurada delegacia. Segundo as investigações, o traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, seria o responsável por planejar a ofensiva. Ele era o chefe da venda de drogas no Alemão antes da pacificação e está foragido. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 5 mil por pistas que levem à captura.

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A reportagem do Jornal da Record conversou com um policial de uma UPP sobre a onda de violência em comunidades pacificadas. Ele afirmou que, em algumas delas, os traficantes sentem mais tranquilidade do que antes da pacificação.

— Em algumas comunidades, estão com menos força, mas continuam com força. Em outras estão com mais força do que era antigamente. Porque eles têm uma liberdade, já que sabem que facção nenhuma vai invadir. Porque o policial é segurança de vagabundo.

O especialista em violência urbana Milton Correa da Costa diz que os traficantes buscam instalar o medo nas favelas. Ele acredita que uma possível solução seja o governo reforçar os projetos sociais.

— Ele [traficante] quer desacreditar o projeto UPP e mostrar aos moradores da comunidade que eles ainda têm grande influência.

Assista ao vídeo:

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