Entidades criam comitê contra interferências nas investigações do caso Marielle
Amanda Perobelli/Reuters - 14/03/2020Diversas entidades do Rio uniram-se para criar o 'Comitê Justiça Por Marielle e Anderson' depois de denúncias sobre interferências nas investigações. Segundo as organizações, o objetivo é cobrar transparência e posicionamento das autoridades frente à morte da então vereadora e o motorista, em março de 2018.
Instituto Marielle Franco se reúne com Justiça do Rio
Reprodução/Instituto Marielle FrancoPor volta da 13h, representantes do Instituto Marielle Franco iniciaram uma conversa com o Procurador Geral de Justiça do Rio de Janeiro. "Acabamos de entregar o ofício do Comitê", informou o Instituto pelas redes sociais.
O ofício foi enviado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro após as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile decidirem se afastar da força-tarefa que apura os assassinatos. Elas assumiram o caso seis meses depois, em setembro daquele ano. Há suspeitas de que o afastamento tenha sido em decorrência dessas interferências.
Hoje, completa-se 3 anos e 4 meses do crime. No MP-RJ, alguns manifestantes se reuniram em frente ao prédio, no Centro da cidade, em um ato contra as supostas intervenções indevidas. O comitê é composto pelo Instituto Marielle Franco, Anistia Internacional Brasil, Terra de Direitos, Justiça Global, além das famílias de Marielle e Anderson.
Últimos dias
No último sábado (10), a Justiça condenou o policial reformado Ronnie Lessa e outras quatro pessoas (dentre elas, a esposa e o cunhado de Lessa) pela destruição de provas dos assassinatos.
Além disso, o delegado Moysés Santana foi substituído por Henrique Damasceno, pela titularidade da Delegacia de Homicídios da Capital, no dia 7 de julho. Essa foi a terceira mudança de delegado desde o início das investigações.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa