A família e os amigos de Mateus Domingues Carvalho, de 21 anos, realizam um protesto em frente à loja onde o jovem foi baleado na zona oeste do Rio, nesta quarta-feira (11). Segundo os parentes, a vítima está estável, mas sem previsão de alta.
Mateus afirmou que o tiro disparado pelo bombeiro Paulo César de Souza não foi acidental, como alegou a defesa. Apesar de a corporação ter pedido a prisão preventiva do sargento, o militar segue em liberdade.
Paulo César se apresentou na 32ª DP (Taquara) ainda no dia do crime, na última segunda-feira (9). O depoimento aconteceu depois de a Justiça ter negado o pedido de prisão pela Polícia Civil.
A confusão em uma loja de rede fast-food foi filmada pelas câmeras do estabelecimento, que mostram o bombeiro agredindo Mateus pela cabine do serviço drive-thru. Em seguida, o jovem revida com um tapa contra o militar, que resolve entrar na unidade da Taquara.
A intervenção dos seguranças da loja não foi suficiente para conter Paulo César, que estava armado. Pelas imagens, é possível ver o momento em que a vítima já está caída no chão.
De acordo com as investigações, a única arma que o militar tinha licenciada era de calibre 38. No entanto, o projétil que atingiu Mateus era de calibre 45.
No dia do ocorrido, Mateus foi assistido pelos colegas e pela Polícia Militar. Paulo César, por sua vez, fugiu sem prestar socorro. A vítima está internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Mateus Carvalho perdeu o rim esquerdo e parte do intestino.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa