O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, participou neste sábado (14) da abertura do mutirão de cirurgias de catarata, que beneficiará 15 mil pessoas de toda a cidade. A intenção do programa, que conta com investimento de R$ 15 milhões da prefeitura, é zerar a fila de espera pelo procedimentodos dos pacientes cadastrados no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) até o dia 18 de março.
Crivella aproveitou o primeiro dia de mutirão para alertar quem ainda não atualizou o cadastro.
"É um alívio enorme para a nossa população. Eu quero dizer aos pacientes que todas as clínicas credenciadas têm médicos experientes. Eles vão ser recebidos, fazer a consulta, o exame, o risco cirúrgico e depois vão para a cirurgia. Conversei com todos que já fizeram a cirurgia e estão todos muito satisfeitos. O procedimento é tranquilo, os benefícios são extraordinários. Agora, os malefícios.... se não operarmos, a catarata pode ser uma cegueira definitiva. Então, eu quero fazer um apelo aos 15 mil pacientes que estão na fila do Sisreg: vocês que se inscreveram na clínica da família ou no hospital, por favor, deem um pulinho lá, ou mandem um parente, para a gente fazer a atualização. Mudou o número de celular, mudou o endereço, nós precisamos saber, porque nós vamos chamar vocês", afirmou o prefeito, após acompanhar as primeiras cirurgias na Clínica de Cirurgia Ocular São Cristóvão (Cosc), no bairro de mesmo nome, na Zona Norte da cidade.
Estima-se que, só no Rio de Janeiro, 193 mil pessoas tenham a doença, que é a principal causa de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, o tempo de espera na cidade para a primeira consulta é de 300 dias.
As cirurgias do mutirão serão realizadas por clínicas da rede privada conveniadas ao SUS. Além do Cosc, vão realizar as cirurgias o Centro de Estudos e Pesquisas Oculistas Associados (Cepoa), o Centro Médico Darke, a Clínica e Cirurgia de Olhos Drª Roberli Bicharra Pinto e Dr Mizael Pinto e a Clínica de Olhos Avenida Rio Branco.
Primeira paciente
A aposentada Leila da Silva, de 68 anos, foi a primeira a ser operada. A moradora de Padre Miguel, Zona Oeste da cidade, estava na fila de espera havia dois anos e, agora, não vê a hora de voltar a fazer duas atividades que teve de deixar de lado por causa da catarata.
"Quero muito voltar a andar de bicicleta, carregando meu netinho na garupa. Sempre fui uma pessoa muito ativa, gosto de cozinhar, ler, ver televisão. Mas, principalmente, quero voltar a vender meus sacolés de fruta. É uma renda extra que me ajuda muito, porque só com a aposentadoria não dá para sobreviver", afirmou ela após a cirurgia.