Familiares fazem bloqueio na porta de batalhões
JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOA cúpula da PM vai se reunir com representantes do movimento dos familiares de policiais na tarde deste sábado (11), às 15h, na sede do Quartel General, no centro do Rio, com objetivo de chegar a um acordo sobre as manifestações que tiveram início na sexta-feira (10). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Militar. O encontro será a portas fechadas.
Inspirados no movimento que começou no Espírito Santo, parentes de PMs do Rio montaram bloqueios em frente aos batalhões, na sexta-feira (10), para impedir o trabalho na ruas. Com objetivo cobrar o pagamento do 13º salário, do RAS Olímpico e das metas atrasadas, as manifestações geraram tumultos nas unidades policiais de Santa Cruz e Mesquita, na Baixada Fluminense.
Na manhã deste sábado, o protesto foi mantido em 29 unidades policiais do Estado do Rio. Em razão dos bloqueios, militares do Bac (Batalhão de Ações com Cães) precisaram usar um helicóptero para sair do Batalhão de Olaria (16º BPM), na zona norte do Rio. Os agentes decidiram usar a aeronave para fazer a rendição da tropa nesta manhã, segundo informações da Record TV
Também por causa das manifestações, policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Salgueiro denunciaram que estão trabalhando desarmados e sem colete, já que o comando determinou que a rendição deve ser feita direto no local de trabalho enquanto as famílias estiverem acampadas em frente ao Batalhão da Tijuca (6º BPM).
Força federais
Apesar de garantir que o patrulhamento nas ruas segue normal, o secretário estadual de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse, na noite de sexta-feira (10), que poderá contar com o apoio de forças federais, caso seja necessário, em decorrência do movimento de protesto das mulheres de policiais militares que bloqueiam a saída de diversos batalhões.
— Já conversei com o ministro da Justiça e eles estão em condições de atuar, se necessário. Eu espero, sinceramente, e torço, que a nossa polícia consiga dar esta resposta operacional de forma satisfatória e que as famílias que, com justiça, reivindicam, o recebimento de décimo-terceiro, reflitam sobre os riscos que a nossa sociedade corre com uma eventual paralisação.