Defesa de Monique quer novo depoimento da cliente
Reprodução/Record TVA defesa de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, solicitou ao MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) que seja designado um promotor especial de Justiça para acompanhar o inquérito policial que investiga a morte do menino.
Além disso, os advogados de Monique também estão protocolando uma petição para que a cliente seja novamente ouvida na 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pela investigação do caso Henry. A defesa requere que o promotor de Justiça solicitado esteja presente num possível segundo depoimento de Monique.
As informações foram dadas em uma nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (19) pelos advogados da mãe de Henry. No comunicado, a equipe destaca que “não se justifica a demora na nova audição de Monique pedida pela defesa”.
Na petição assinada por Thiago Minagé, Hugo Novaes e Thaise Mattar, enviada ao delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, os advogados defendem a necessidade do segundo depoimento “diante da pública e notória mudança de versões que ocorreram após a prisão dos indiciados”, que mostraria a “influência psicológica” exercida sobre as pessoas envolvidas.
A mãe de Henry Borel foi presa no último dia 8 de abril, um mês após a morte do menino, junto com seu namorado, o vereador Dr. Jairinho. Eles foram detidos temporariamente por atrapalharem as investigações do caso, através da coação de testemunhas e combinação de versões, e são considerados suspeitos pelo homicídio qualificado da criança.
Após a prisão do casal, a babá de Henry e a empregada do apartamento onde a família morava na Barra da Tijuca prestaram novos depoimentos, nos quais mudaram as versões dadas nas primeiras vezes em que foram ouvidas.
A babá, Thayná Ferreira, declarou que havia avisado à Monique sobre as agressões que o menino sofria do padrasto, o que foi comprovado por mensagens de texto divulgadas pela polícia. Ela relatou, ainda, ter se sentido coagida pelo ex-advogado de Jairinho, André França, que teria lhe orientado a mentir no primeiro depoimento.
Após uma representação ser enviada pela Polícia Civil ao MP, sob suspeita de coação e obstrução de justiça, França se afastou da defesa do vereador investigado.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.