Defesa já entrou com recurso para impedir a ida
Reprodução/Record TV RioO Depen (Departamento Penitenciário Nacional) confirmou o recebimento do pedido de transferência do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, de Bangu 1, no Rio, para um presídio federal de segurança máxima em outro Estado. O local do presídio, no entanto, só será divulgado após a transferência do preso por razões de segurança.
Araújo é apontado por uma testemunha como um dos responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, mas nega participação no crime. A mudança para uma unidade em outro Estado foi pedida para evitar interferências nas investigações do crime. O advogado de Araújo, Renato Darlan, informou, nesta quinta-feira (16), que já entrou com um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para impedir a ida dele.
— Essa transferência nos preocupa muito. Até porque não traz benefícios para ninguém, nem para o meu cliente, nem para a investigação da morte da vereadora. Se ele tiver que ser ouvido de novo, por exemplo, será um transtorno — afirmou.
Araújo foi ouvido durante toda a tarde de quarta-feira (15) em Bangu 1 por uma equipe da DH (Delegacia de Homicídios) que investiga o assassinato de Marielle. Aos agentes, ele voltou a negar a participação na morte da vereadora. Ele também negou envolvimento com o vereador Marcello Siciliano (PHS), colega de bancada de Marielle, apontado pela mesma testemunha como mandante do crime.
Siciliano já prestou depoimento na condição de testemunha, mas deve voltar a depor, diante das acusações. Ele não foi intimado ainda, segundo a sua assessoria. O vereador também nega a acusação de envolvimento na morte da colega.
Investigações do MP (Ministério Público) apontam Araújo como líder miliciano em Curicica, na zona oeste, região de influência de Siciliano. Araújo é apontado pela polícia como responsável também pelo assassinato de Carlos Alexandre Pereira Maria, colaborador do gabinete do vereador, na zona oeste. O preso também nega este envolvimento.