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MPF nega revogação de prisão do operador de Pastor Everaldo

Victor Barroso foi citado 60 vezes na denúncia que detalha o suposto esquema de loteamento de contratos e cargos na gestão de Witzel

Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*

MPF negou pedido feito pela defesa de Victor Hugo
Barroso
MPF negou pedido feito pela defesa de Victor Hugo Barroso MPF negou pedido feito pela defesa de Victor Hugo Barroso

O MPF (Ministério Público Federal) negou nesta sexta-feira (2) o pedido de revogação da prisão preventiva de Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, suposto operador financeiro do Pastor Everaldo. 

De acordo com o MPF, Victor foi denunciado em 14 de setembro de 2019, junto com o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e outras 11 pessoas, por organização criminosa para corrupção e lavagem de dinheiro.

O suposto operador financeiro do Pastor Everaldo foi citado 60 vezes na denúncia que detalha o esquema de loteamento de contratos e cargos na gestão de Witzel.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que assinou a manifestação, destacou que Victor Hugo Barroso era peça fundamental na estrutura e no funcionamento da organização criminosa já denunciada e destacou a existência de fartos elementos que comprovam a necessidade da prisão preventiva.

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Segundo ela, é "incontestável o risco para a ordem pública, de instrução criminal e a aplicação da lei penal se Victor Hugo Barroso for colocado em liberdade".

Na manifestação, Lindôra Araújo apontou que Victor Hugo era responsável por movimentar grande quantia de dinheiro em espécie, "gerindo a 'caixinha da propina', atuando de forma a evitar que rastros fossem deixados no sistema bancário oficial".

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Segundo o parecer, o denunciado é uma das figuras centrais do núcleo criminoso do Pastor Everaldo, também denunciado, pois ele tinha a função de operador financeiro do grupo. "Dada a relevância da sua atuação, a Victor Barroso cabe a quota de 15% do caixa formado pelos recursos auferidos ilicitamente pela organização criminosa", observa.

Para o MPF, está mais do que comprovado que Victor Hugo Barroso "criou uma longa teia de empresas e organizações para as fraudes e a lavagem do dinheiro e tem grande facilidade de deixar o país e viver tranquilamente no Uruguai e/ou outro lugar onde possui offshore".

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No parecer, Lindôra Araújo detalhou o esquema ao apresentar documentos, planilhas e gráficos. "Victor Hugo Barroso criou uma complexa organização de pessoas jurídicas, que indicam a estruturação de 'camadas' de ocultação de valores, também típica de lavagem de dinheiro, onde as transações financeiras se misturam, dificultando a rastreabilidade".

Por fim, Lindôra informou que os autos chegaram ao MPF antes da resposta do estabelecimento prisional ao pedido de informações solicitado pelo ministro Benedito Gonçalves, relator do caso.

Por esse motivo, requer nova vista do processo para se manifestar sobre as condições do estabelecimento prisional onde está Victor Hugo.

A defesa do suposto operador financeiro alegou que o denunciado tem doenças crônicas como diabetes tipo 1.

*Sob supervisão de Odair Braz Jr.

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