Adolescente foi morto durante ação da PM
ReproduçãoPeritos do IML (Instituto Médico Legal) localizaram o fragmento de um projétil de fuzil calibre 7.62 no tórax do corpo do lutador Cauã da Silva dos Santos, morto na última segunda-feira (4) durante uma troca de tiros entre a polícia e criminosos em Cordovil, na zona norte do Rio.
O material passará pelo confronto balístico para saber se o tiro partiu de uma das armas dos policiais envolvidos na ação. As investigações apontaram que o disparo ricocheteou antes de atingir a vítima.
Os PMs entregaram dois fuzis à Divisão de Homicídios na última terça-feira (5) para perícia.
Segundo familiares da vítima, policiais militares balearam o adolescente depois de ele ter saído de uma festa e teriam jogado o corpo em uma vala da região.
"O que tenho a dizer é a injustiça que fizeram com meu filho. Só isso que tenho para dizer. Acabaram com a vida do meu filho. Meu filho teve o corpo jogado em um rio. Um tiro no peito", desabafou Cláudia Helena, mãe de Cauã.
Os moradores de Cordovil protestaram na última terça-feira (5) pela morte do lutador. Durante a ação, três ônibus foram incendiados. Em nota, o Rio Ônibus afirmou que repudia este tipo de manifestação, que "prejudica toda a população carioca e agrava a crise no setor.
A Polícia Militar informou que os agentes do Batalhão de Olaria envolvidos na ação foram afastados das ruas e já prestaram depoimento para o início das investigações.
Cauã foi o quinto adolescente morto a tiros no Rio de Janeiro este ano, conforme levantado pelo Fogo Cruzado.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa