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Polícia combate exploração sexual de crianças em vários estados

Além da operação, RJ tem ações voltadas para Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil, com Rafaela Oliveira, do R7*

Polícia faz operação contra pedofilia e pornografia infanto-juvenil
Polícia faz operação contra pedofilia e pornografia infanto-juvenil Polícia faz operação contra pedofilia e pornografia infanto-juvenil

Policiais de vários estados cumprem, nesta terça-feira (18), mandados contra suspeitos de compartilhar fotos e vídeos contendo imagens de sexo com crianças e adolescentes. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, esta é uma das maiores investigações contra a pedofilia, que conseguiu identificar diversos grupos que trocavam os arquivos pela internet.

No estado do Rio, os agentes cumprem mandados na capital e nos municípios de Macaé e Campos (no norte do estado), Niterói e Duque de Caxias (no Grande Rio). A operação Lótus está sendo coordenada no Rio de Janeiro pela DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima).

Além da operação, diversas ações de conscientização no estado marcam a data de hoje, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data é instituída pela Lei Federal 9.970/2000, em homenagem à menina Araceli Cabrera Crespo, de 9 anos, que foi sequestrada, espancada, estuprada e assassinada no dia 18 de maio de 1973 em Vitória, no Espírito Santo.

Às 18h30, o Cristo Redentor será iluminado na cor laranja em alerta da campanha do Maio Laranja, que busca sensibilizar, informar e convocar todos os cidadãos a agirem em defesa e proteção das crianças e adolescentes. Neste ano, a iniciativa é organizada em parceria com o Governo do Estado e a delegada de Polícia Federal Paula Mary, chefe do Grupo de Repressão aos Crimes Cibernéticos no Rio de Janeiro.

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Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) apontam 591 casos de estupro de crianças entre 0 e 11 anos de idade no primeiro trimestre de 2021. 

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Nesta manhã, equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar estiveram em Copacabana, na zona sul do Rio, para atendimento e reforço dos canais de denúncias contra casos de abuso infanto-juvenil. 

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Já em São Gonçalo, na Região Metropolitana, o Movimento de Mulheres de São Gonçalo (MMSG), através do Neaca (Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência Doméstica e Sexual) e apoio da Prefeitura de São Gonçalo, fizeram uma ação na Praça Luiz Palmier (Praça do Rodo), no Centro doo município. Em nota, a administração municipal disse que o objetivo é alertar, conscientizar e oferecer ajuda às famílias, para ampliar a orientação de prevenção entre as possíveis vítimas. 

Atuação do Neaca

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O Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência Doméstica e Sexual atende crianças, adolescentes, jovens de até 24 anos e familiares em situação de violência doméstica e sexual. Ele oferece acompanhamento nas áreas de serviço social, psicologia, direito e pedagogia. Ao todo, o Neaca atende 138 vítimas na unidade, que são encaminhadas para a rede de apoio da cidade – Ministério Público, Conselho Tutelar e Judiciário.

Segundo a coordenadora do Núcleo, Marisa Chaves, ainda há atendimento dos casos que aparecem todos os dias, em livre demanda. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Mais informações podem ser obtidas através do telefone: (21) 2606-5003 /(21) 98464-2179 ou site do Movimento das Mulheres

Atenção aos sinais

A enfermeira sanitarista Luiza Musela, responsável técnica pela assessoria de violência interpessoal e autoprovocada da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, diz que é muito importante identificar mudanças de comportamento nas vítimas. "Os principais sinais de violência são "introversão, insônia, terror noturno (agitação e gritos durante o sono), vômitos, febre sem causa aparente, negativismo de ir a alguns lugares ou de estar com alguém, ansiedade e falta de apetite”, aponta Musela. 

Além do papel dos pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes no combate à violência e abuso infanto-juvenil, a educação para os menores de idade é incentivada pelo projeto "Eu me Protejo". O trabalho voluntário e independente dá apoio às famílias e aos educadores em conversas com os pequenos sobre a proteção dos corpos, a fim de evitar situações de violência.

No site do projeto, é possível acessar uma cartilha ilustrada, em linguagem acessível, voltada para crianças com e sem deficiência, de 0 a 8 anos. Acesse aqui

Em caso de suspeita de abuso ou exploração sexual contra menores, a denúncia pode ser feita denunciar anonimamente através do Disque 100 (Disque Direitos Humanos).

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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