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Polícia investiga fraudes em ofertas de vacinas contra covid-19

Empresa com sede em Recife fazia falsas ofertas de doses do imunizante Astrazeneca a municípios brasileiros

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*

Empresa fez falsas ofertas de vacinas a diversos municípios
Empresa fez falsas ofertas de vacinas a diversos municípios Empresa fez falsas ofertas de vacinas a diversos municípios

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, nesta quinta-feira (22), uma operação que investiga fraudes em ofertas de vacinas contra a covid-19, feitas a municípios do Rio e de Rondônia.

A ação da DCC-LD (Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro) cumpre oito mandados de busca e apreensão no escritório de uma empresa, em Recife, e tem apoio da polícia de Pernambuco e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O objetivo é apreender aparelhos de telefone celular, computadores, contratos e outros documentos relacionados ao crime.

De acordo com as investigações, lotes do imunizante Oxford/Astrazeneca eram oferecidos através de uma empresa americana, pelo valor de U$ 7,90, a diversos municípios brasileiros, incluindo Barra do Piraí e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e Porto Velho, em Rondônia.

O contrato estipulava que as cidades fizessem o pagamento antecipado por meio de remessa internacional ou carta de crédito, no momento da suposta postagem das doses por Londres.

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No entanto, de acordo com nota do laboratório AstraZeneca, todas as vacinas em produção estão destinadas a consórcios internacionais como o Covax Facility e a contratos com países, não havendo doses remanescentes para serem comercializadas com estados, municípios ou entidades privadas.

Segundo o delegado Thales Nogueira, titular da DCC-LD, a investigação teve início com o compartilhamento de informações entre setores da inteligência da unidade policial, da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da PRF. Os agentes verificaram que a empresa americana, além de ser recém criada, utiliza como endereço um escritório de co-working e oculta os dados de registro de seu site.

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A polícia do Rio conseguiu gravar, com autorização da Justiça, uma reunião em que os sócios da empresa ofereceram as doses para a prefeitura de Barra do Piraí e utilizaram como exemplo o município de Porto Velho, que fez o pagamento mas não recebeu as doses.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa e estelionato contra a administração pública.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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